

Notícias(Janeiro/2011)
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Uma vitória do Software Livre
Enviada por Rodrigo Sérvulo, às 16:47 29/01/2011, de via e-mail
Entidades constroem Projeto de Lei que visa a liberdade sindical
Por William Pedreira
Reunidos na manhã da quinta-feira (27), representantes da CUT, CTB e Nova Central debateram e ajustaram a proposta de anteprojeto de lei que versa sobre o combate às práticas antissindicais.
O documento é resultado de um Seminário Nacional realizado em dezembro do ano passado. A partir do acúmulo das centrais sindicais (CUT, CGTB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT) foi construída uma proposta visando a liberdade e a garantia do pleno exercício da atividade sindical e que coíba às práticas antissindicais praticadas pelas empresas, pelos sindicatos da categoria econômica e pelo poder público.
Com a proposta nas mãos, as centrais estão realizando reuniões a fim de ajustar e aprimorar o projeto que caracteriza, por exemplo, às práticas antissindicais tanto setor público como no privado. De acordo com o secretário de Relações do Trabalho da CUT-SP, Rogério Giannini, presente a reunião de hoje, o projeto será um instrumento essencial no fortalecimento do estado democrático e de direito.
“No setor público infelizmente ainda não está regulamentada a negociação coletiva. Já no setor privado, os dirigentes sindicais ainda sofrem com práticas antigas como perseguições, demissões e até assassinatos. Hoje, uma prática mais atual que vem se difundido é o uso do interdito proibitório”, pontua Giannini.
O interdito é um instrumento da Justiça Cível, que trata do direito e de proteção à propriedade privada. Através dele, o empresariado tem obtido liminares que proíbem os sindicatos e seus associados de permanecerem próximos ao local de trabalho e também de realizarem passeatas em determinadas avenidas ou rodovias. Em 2009, a CUT e as outras centrais protocolaram na OIT uma denúncia contra três práticas antissindicais, entre elas o uso do interdito proibitório.
“A liberdade sindical e de organização está sendo ameaçada e inviabilizada por um mecanismo que não está instiuído na legislação e nada tem a ver com as relações trabalhistas. Neste sentido, a importância do Projeto como forma de combater este e outros mecanismos danosos que tem um único objetivo: garantir os interesses mesquinhas do empresariado", destaca Rogério.
A ideia das centrais é levar o documento para discussão no Conselho de Relações do Trabalho e pautar este tema nas Conferências do Trabalho Decente.
Uma nova reunião foi marcada para o dia 14 de fevereiro.
Fonte: CUT
Enviada por Cido Araújo, às 16:27 28/01/2011, de São Paulo, SP
Sucesso recoloca Greve Geral na pauta do sindicalismo italiano
Enviada por NPC, às 11:50 28/01/2011, de via twitter
CNM/CUT solidária aos companheiros da FIOM-CGIL, na Itália
Enviada por CNM-CUT, às 19:15 27/01/2011, de São Paulo, SP
Movimentos sociais apoiam centrais pelo mínimo de R$ 580
Enviada por CNM-CUT, às 19:10 27/01/2011, de São Paulo, SP
Os trabalhadores brasileiros tiveram em 2010 o maior rendimento dos últimos oito anos
Enviada por Sindicacau, às 15:21 27/01/2011, de Ilhéus, BA
Davos, Dakar e uma tonelada de BRICS
Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu Fonte: rede castorphoto
Enviada por Castor Filho, às 11:56 27/01/2011, de São paulo, via e-mail
Atento e Telefônica condenadas pelo TRT no RS
A 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (TRT-RS) condenou a Atento Brasil S/A e Telefônica Data S/A a pagar horas extras a um ex-operador de telemarketing. Conforme os autos, o reclamante tinha intervalo intrajornada de 40 minutos. Mas, na opinião dos desembargadores, que reformaram a sentença do primeiro grau, este tempo deveria ser de, pelo menos, uma hora. Assim, as reclamadas devem pagar horas extras referentes a 20 minutos por dia, com adicional de 50% e reflexos em férias com 1/3, repousos, 13º salário, FGTS com 40% e aviso prévio.
De acordo com o processo, a jornada de trabalho contratada entre as partes era de seis horas diárias, o que, conforme o artigo 71 da CLT, dá ao empregado o direito de intervalo mínimo de 15 minutos. Porém, como ficou comprovado, a jornada do autor habitualmente ultrapassava o limite combinado. Neste caso, para a relatora do acórdão, Desembargadora Beatriz Zoratto Sanvicente, o intervalo deveria ter sido ampliado para uma hora, o mínimo estipulado pelo mesmo artigo para jornadas superiores a seis horas.
A Magistrada ainda citou Orientação Jurisprudencial 380 da SDI-I do TST: “Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, “caput” e § 4, da CLT”.
Cabe recurso da decisão.
Fonte: TRT-4
Enviada por Sindicacau, às 08:25 27/01/2011, de Ilhéus, BA
30 anos de Organização nos Locais de Trabalho - Conquista de Classe
- o atuar localmente e pensar globalmente
- aprofundar a democracia e fortalecer a ação sindical transformadora;
- contribuir no processo de construção coletiva de um outro mundo possível, seguro e livre. A principal preocupação é debater o papel político das OLT, seu significado para a Classe Trabalhadora e sua importância no projeto sindical classista. As OLTs são conquistas da Luta da Classe Trabalhadora, legitimadas pela ação dos Trabalhadores e dos sindicatos e que, por isso mesmo, passaram a ser reconhecidas pelas empresas. Ao instituir as OLTs conseguiu-se estabelecer novas relações de trabalho que limitaram o poder ilimitado do capital. Na concepção dos patrões as fábricas são lugares onde a cidadania não existe ou é negada aos Trabalhadores, ou seja, do portão para dentro da fábrica as leis e direitos vigentes no país deixam de valer. As empresas se reservam o direito de estabelecer unilateralmente, a seu bel prazer, as regras de contratação, de organização do Trabalho e da produção e o uso de nossa força de trabalho. Com a conquista das OLTs as empresas passaram a ter que ouvir os Trabalhadores, negociar com eles questões envolvendo os diversos conflitos de interesses. Conquistou-se um espaço de organização dentro das fábricas e passou-se a ter voz, expressar as demandas e ter um canal constante de comunicação entre os próprios Trabalhadores, assim como, entre estes e a empresa. Conquistou-se um espaço para reivindicar e defender direitos fundamentais. Freou-se a ação repressiva e discriminatória de chefias e representantes da empresa. Transformou-se demandas em conquistas através da negociação e da luta reivindicativa local. Os Trabalhadores tornaram-se sujeitos de direitos e da ação sindical. Podemos afirmar que com as CFT os trabalhadores conquistaram cidadania, ou melhor, que levaram a cidadania para dentro das empresas. Passaram a exercer novas formas de poder dentro da empresa. Isso tudo democratizou também as relações entre os próprios Trabalhadores e suas organizações sindicais. O contato diário e direto entre Trabalhadores e seus representantes sindicais facilita o processo de levantamento de informações e reivindicações, bem como a realização de debates e assembléias para discutir e deliberar sobre temas de interesse coletivo. Estabeleceu-se um canal de comunicação constante, tornando-a sistemática e contínua. Com a OLT, a relação entre representados e representantes passou a ser horizontal e igualitária, rompendo com práticas anti-democráticas e hierarquizadas que terminavam por afastar os Trabalhadores da luta e de suas próprias organizações. Com as OLTs criou-se as condições para que cada Trabalhador seja o sujeito, desempenhe o papel principal, da ação sindical pela transformação das relações de Trabalho e das condições de Vida, visando acabar com as relações sociais e econômicas injustas impostas pelo sistema capitalista. Os sindicatos não devem, contudo, tentar criar OLTs de cima para baixo, nem encará-las como uma estrutura estática e sem vida própria. A criação de OLTs deve e pode ser estimulada desde que haja demanda concreta da base e espaço para sua construção democrática que permita aos Trabalhadores atingir os objetivos de representação e consolidação da ação sindical nos locais de trabalho, assim como de transformação de cada companheir@ em sujeito desta ação sindical.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:44 24/01/2011, de Curitiba, PR
Aos paulistanos
Enviada por Sr. Cloaca, às 18:42 23/01/2011, de via Twitter
Blogueiros Progressistas recebem neurocientista Miguel Nicolelis
O Movimento de Blogueiros Progressistas do RN receberá o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis na próxima sexta-feira, 28 de janeiro. Nicolelis, recém-chegado ao twitter e cientista bastante engajado em causas sociais, falará sobre o tema “Redes sociais, participação política e desenvolvimento da ciência”. O evento, que será mediado pelo jornalista Sérgio Vilar, começará às 20 h, no auditório da livraria Siciliano.
Para debater com Nicolelis, o professor José Luiz Goldfarb, da PUC-SP, também participará do evento através de videoconferência pela Internet. Além disso, todo seminário, que terá duração de duas horas, será transmitido via twitcam, através do perfil @blogprogRN. Os interessados em participar no local precisam se inscrever através do e-mail blogprogressistasrn@uol.com.br. Apenas 50 pessoas poderão acompanhar o evento dentro do auditório.
Miguel Nicolelis é médico com doutorado em Ciências (Fisiologia Geral) pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor titular do Departamento de Neurobiologia e Co-Diretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University (EUA), professor do Instituto Cérebro e Mente da Escola Politécnica Federal de Lausanne (Suíça) e Diretor Científico do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS). Nicolelis é considerado um dos maiores pesquisadores do planeta na área de neurociências e, por diversas vezes, lembrado para o Prêmio Nobel. Ele lidera pesquisas que podem, por exemplo, representar avanços históricos no tratamentot do Mal de Parkinson.
Já o professor José Luiz Goldfarb é graduado em em Física pela USP, mestrado em Filosofia e História da Ciência (McGill University, Canadá) e doutorado em História da Ciência pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, vice-coordenador do Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Ciência. Além disso, coordena o Twitter da PUC/SP e é presidente da Cátedra de Cultura Judaica da Universidade. É também coordenador de diversos programas de incentivo à leitura, como o “São Paulo: um Estado de Leitores”, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, além de ser curador do Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro.
O movimento dos Blogueiros Progressistas nasceu a partir da articulação do Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé. O seu primeiro encontro nacional reuniu mais de 300 blogueiros, tuiteiros, ativistas e curiosos em São Paulo nos dias 20, 21 e 22 de agosto de 2010. Os blogueiros progressistas do RN estão organizando o seu I Encontro Estadual para o período de 25 a 27 de março de 2011.
Serviço
“Redes sociais, participação política e desenvolvimento da ciência”, com prof. Miguel Nicolelis. Participação do prof. José Luiz Goldfarb e mediação do jornalista Sérgio Vilar.
Data: 28/01/2011
Local: Auditório da Livraria Siciliano (Midway Mall, em Natal/RN)
Horário: 20h
Inscrição: através do e-mail: blogprogressistasrn@uol.com.br
Outras informações: (84) 8719 1700
Local: Auditório da Livraria Siciliano (Midway Mall, em Natal/RN)
Horário: 20h
Inscrição: através do e-mail: blogprogressistasrn@uol.com.br
Outras informações: (84) 8719 1700
Enviada por Daniel Dantas, às 18:23 23/01/2011, de Natal, RN
Ainda sobre o "acordo" dos metalúrgicos da Fiat de Turim
Por Claudia Santiago
Publicado originalmente em 20.01.11, no Porto Gente
No dia 14 de janeiro, 54% dos trabalhadores da planta da Fiat de Mirafiori votaram pela assinatura do acordo assinado entre as centrais sindicais italianas e a montadora menos a Fiom, a Federação dos Metalúrgicos. O resultado se deve ao voto maciço dos trabalhadores dos escritórios (95%) em favor da proposta da empresa. Os operários da cadeia de montagem, o coração do chão da fábrica, ao contrário, disseram não.
A greve geral contra a política de retirada dos direitos trabalhistas e de organização sindical, configurada no acordo que a Fiat enfiou goela abaixo dos trabalhadores, marcada para o dia 28 de janeiro está mantida.
A greve é extremamente difícil. Primeiramente porque não está sendo convocada pelas centrais, mas sim pela Fiom que representa o setor metalúrgico de uma das centrais, a CGIL. Clique aqui para ver agenda da CGIL para janeiro. Será difícil emplacar a greve embora outras categorias, como os químicos, os funcionários públicos, amplos setores do movimento estudantil e até o movimento contra a privatização da água já tenham declarado o seu apoio.
Outro motivo é que há muito tempo a Itália abandonou a prática de greves gerais. Para alguns, a greve geral convocada para o último mês de junho foi apenas uma greve que não aconteceu. E para completar, a esquerda italiana que se aglutinava em torno do PCI é, hoje, é tremendamente pulverizada. Essa divisão se multiplica no momento atual com o acordo assinado “na marra” e a greve convocada pelos metalúrgicos. Dentro do PD (Partido Democrático, ex- PCI), a maioria da direção acha que a Fiom deveria assinar o acordo. Entre os militantes, a situação é diferente. Na prática, é contra a greve do dia 28. Para se ter uma idéia da divisão, a Itália, país que mantém a tradição de jornais de esquerda tem três publicações originária no antigo Partido Comunista: L´Unità, Il Manifesto e Liberazione. Todos os três em árdua campanha de assinatura para sobreviver.
Nota da Fiom no dia seguinte ao plebiscito
Para secretário geral da Fiom resultado do plebiscito é extraordinário
“O plebiscito de Mirafiori obteve um resultado extraordinário e inesperado. Agradecemos a todos os trabalhadores e trabalhadoras que mesmo sob chantagem defenderam a sua dignidade e a dignidade de todos os trabalhadores italianos.“
“À luz deste resultado, seria um ato de sabedoria por parte da Fiat reabris uma verdadeira negociação porque as fábricas, para funcionarem necessitam do consenso dos trabalhadores, e é evidente que a empresa não o tem. O sindicato e os trabalhadores querem investimento, mas também continuarem a ter direitos e dignidade.”
“Se há um sindicato que, com este resultado, demonstra ser representativo, este á a Fiom. Seria necessário se perguntar como administrar as fábricas sem consenso. A Fiom não renunciará a estar presente naquela fábrica”.
Veja os outros artigos de Claudia Santiago direto da Itália:
Notícias das lutas da Itália – Parte I (29.12.10)
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=38113 Porto de Gênova e trabalhadores imigrantes (04.01.11)
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=38292 Itália, um país politizado, mas com traumas profundos (13.01.11)
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=39095 Fonte: www.portogente.com.br
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=38113 Porto de Gênova e trabalhadores imigrantes (04.01.11)
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=38292 Itália, um país politizado, mas com traumas profundos (13.01.11)
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=39095 Fonte: www.portogente.com.br
Enviada por Blog do NPC, às 17:08 22/01/2011, de via Twitter
Comissões de Fábrica dos Trabalhadores: 30 anos de lutas e conquistas
O chamado complexo de "viralatas", definição dada pelo jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues a um sentimento nacional que despreza tudo que é brasileiro e vangloria o que é estrangeiro, muitas vezes não nos deixa ver o quão capaz e criativo nosso povo é.
Por Sérgio Bertoni (*)
Na segunda metade da década de 1920, Henry Ford, então todo poderoso dono da montadora de automóveis que leva seu sobrenome, foi convencido por uns espertinhos brasileiros a adquirir uma enorme área no interior do Pará e ali iniciar uma plantação de seringueiras. E, junto com ela, toda uma nova "civlização".
A transnacional norteamericana despertou o amor e o ódio de muitas pessoas no Brasil e no mundo por esta iniciativa. Os entusiastas e a propaganda oficial mostravam os aspectos civilizatórios da empreitada, enquanto os críticos falavam em destruição da floresta e brutal exploração dos humanos. Ambos tinham lá suas razões para afirmar o que afirmavam.
Na matriz em Detroit
Nessa época, lá nos Estados Unidos, Trabalhava para o Sr. Ford um sujeito de nome Harry Bennett. Conhecido por seus métodos bastantes peculiares de tratar a questão sindical e trabalhista, Bennett chefiava um departamento lotado de 3000 bate-paus e jagunços que cuidavam da "disciplina" interna nas fábricas de Ford na base da violência física, além de manter toda uma rede de espionagem espalhada pelas cidades onde Ford tinha fábricas. A rede de espiões mantinha os operários sob vigilância dentro e fora das fábricas fazendo com que os sindicatos ficassem bem longe das linhas de montagem. À menor suspeita de insatisfação ou de contato de um Trabalhador com os sindicalistas, o mesmo era sumariamente demitido, quando não levava uma surra.
Os métodos pouco civilizados de Bennett fizeram com que ele ganhasse a admiração de Henry Ford e muito poder dentro da empresa, chegando a ser o segundo homem mais importante na Ford. Henry Ford odiava os sindicatos por achar que eram financiados por judeus e não pelos Trabalhadores e cujo "objetivo era eliminar a concorrência para reduzir a renda dos trabalhadores e finalmente provocar a guerra.""As pessoas só podem ser manipuladas quando estão organizadas", dizia Ford.
O antisemitismo antisindical de Henry Ford, aliado aos métodos de Bennett, fez com que a Ford fosse a última automobilística norte-americana a admitir o direito de livre associação de seus Trabalhadores e a última a negociar com o sindicato United Auto Workers - UAW.
Fundado em 1935, o UAW com o passar do anos conseguiu filiar ao sindicato Trabalhadores nas diversas unidades da Ford, mas somente em 1941 conseguiria organizar a primeira greve que começou na fábrica de River rouge e se espalhou pelas demais unidades forçando Ford, finalmente, a aceitar negociar com os sindicatos norteamericanos.
No meio da selva amazônica
A situação era bastante diferente abaixo da linha do Equador, onde no meio da Selva Amazônica, Ford tentava implantar a "nova civilização" conhecida por Fordlândia.
Nos dois primeiros anos da Fordlândia, 1928-1929, greves, levantes e lutas usando as rudimentares armas à disposição dos trabalhadores eram constantes.
Em 22 de dezembro de 1930, depois de um ano de relativa calmaria trabalhista, estourou uma grande rebelião no recém inaugurado refeitório da Fordlândia. Um quebra-quebra generalizado e incêndios tomaram conta do empreendimento. Ao final, os trabalhadores destruíram os relógios e cartões de ponto e marcharam pela plantação sob a palavra de ordem "Matem todos os americanos". Dois dias mais tarde o movimento seria brutalmente reprimido por soldados do exército brasileiro, especialmente deslocados de Belém à Fordlândia.
Mas a repressão não impediria os trabalhadores brasileiros na Fordlândia de organizar seu sindicato e sua Organização no Local de Trabalho. Em 1937 fundaram seu sindicato na plantação e fizeram com que a empresa negociasse com eles. Ou seja, 4 anos antes do sindicato norteamericano UAW forçar a Ford a assinar um acordo em Detroit, os Trabalhadores na Fordlândia, no meio da Selva Amazônica, já tinham seu sindicato a defender os Trabalhadores no Local de Trabalho e a negociar com a transnacional norteamericana.
Para termos uma ideia do valor dessa conquista, basta lembrar que os Trabalhadores na Ford no sudeste brasileiro só em 1981 viriam a conquistar sua Organização no Local de Trabalho. Até 1981 o sindicalismo brasileiro atuava fora das fábricas. A partir de 1981 passou a atuar no coração dos centros de produção de riqueza, ou seja, dentro da fábricas propriamente ditas. Mas a companheirada da amazônia já havia conseguido algo parecido em 1937, 44 anos antes!!!
OLT, Novo Sindicalismo, Governo Lula
A conquista das Comissões de Fábrica dos Trabalhadores significa um novo patamar nas relações capital-trabalho e da produção e distribuição de riquezas no Brasil. Até 1981, "nunca antes na história deste país", os Trabalhadores haviam conseguido se organizar dentro das fábricas por tanto tempo seguido.
As Comissões de Fábrica dos Trabalhadores, atualmente conhecidas por OLT - Organizações nos Locais de Trabalho - são as mais longas experiências de Organização Livre e Autônoma dos Trabalhadores em seus locais de Trabalho em nosso país.
Essas OLTs, que em 2011 completam 30 anos de lutas e conquistas para toda a Classe Trabalhadora brasileira, mudaram significativamente a forma de se fazer sindicalismo em nosso país, no chão de fábrica, na base, com a peãozada, fundamentos do chamado Novo Sindicalismo, que por sua vez foi carro chefe na construção e fundação do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores.
Por ironia do destino, as primeiras Comissões de Fábrica desse novo período histórico das lutas dos Trabalhadores no Brasil viriam a SER CONQUISTADAS exatamente nas fábricas da Ford, no estado de São Paulo, 40 anos depois desta empresa ceder à primeira negociação com o sindicato UAW em seu país de origem.
Em 2011, os Trabalhadores na Ford comemoram 30 anos da Conquista das Comissões de Fábrica dos Trabalhadores nas unidades do Taboão (em São Bernardo do Campo) e do Ipiranga (na capital paulista).
Podemos afirmar com seguraça, sem medo de errar, que a eleição de Lula a Presidente da República e um pouco do que foi seu governo se deve ao fato histórico da Conquista das Comissões de Fábrica dos Trabalhadores a partir de 1981, um verdadeiro divisor de águas no sindicalismo brasileiro.
Organização no Local de Trabalho: Quem nunca teve não sabe ou que é! Quem tem, não quer perder de jeito nenhum! E quem não a quer, é pelego, a serviço dos patrões!!!
Viva os que lutam! Nunca mais sós!!
(*) Sérgio Bertoni, é mestre em Filosofia Social pela Universade Estatal de Moscou M.V. Lomonossov, coordenador da Rede de Centros Laborais TIE e blogueiro. Foi membro da Coordenação da Comissão Fábrica dos Trabalhadores na Ford Ipiranga na gestão 1987-1988
Enviada por Sérgio Bertoni, às 00:59 16/01/2011, de Curitiba, PR
Fiat exige corte nos direitos Trabalhistas para manter fábrica em Turim
O futuro da histórica fábrica da Fiat em Mirafiori (Turim) está por um fio
Seus Trabalhadores enfrentam hoje um referendo-ultimato que provocou um amplo debate ideológico, político e midiático na Itália. Os 5.431 funcionários da divisão de carrocerias foram chamados a votar um polêmico acordo proposto pelo CEO, o ítalo-canadense Sergio Marchionne, e assinado na semana passada pela empresa e todos os sindicatos, menos o ex-comunista.
A consulta começou na noite passada e terminará hoje. A impressão geral é que o SIM vencerá, embora a FIOM, a Federação dos Metalúrgicos da poderosa CGIL, ex-comunista, mobilize os Trabalhadores para votar NÃO. O primeiro-ministro Silvio Berlusconi, se posicionou a favor da empresa dizendo ontem que, se os trabalhadores rejeitarem o acordo, "a Fiat teria bons motivos para deixar a Itália e fabricar em outros países."
A proposta de pacto de Marchionne é, em essência, a de criação de uma empresa mista (joint venture) entre Chrysler e Fiat que levaria à fábrica de automóveis Mirafiori uma nova plataforma de veículos norteamericanos e passaria a produzir SUV com as marcas Jeep e Alfa Romeo, mas se e somente se os Trabalhadores aceitarem uma série de condições, consideradas pela CGIL como "esclavagistas" e contrárias ao Estatuto dos Trabalhadores.
Os Trabalhadores devem renunciar às suas liberações sindicais e estar de acordo em limitar licenças médicas em casos graves (hemodiálise, hepatite, problemas circulatórios...) que necessitem de hospitalização.
Supõe-se que tal pacto levará à extinção do contrato coletivo vigente e é um documento muito detalhado que regula pausas de 10 minutos na linha de produção e estabelece meia hora para as refeições.
A empresa quer reduzir as faltas por doença a menos de 3,5%, eliminar licenças por enfermidades em datas próximas aos dias de descanso e feriados prolongados e estipular um novo sistema de turnos, três turnos de oito horas, de segunda a sábado, que revoga a legislação em vigor e podem ser alteradas, dependendo das necessidades do mercado.
O secretário-geral da CGIL, Susanna Camusso, acusa Marchionne de "insulto à Itália" com suas ameaças de fechar a fábrica e deslocar a produção para a Sérvia, mas disse hoje que o FIOM "voltará para a fábrica aconteça o que aconteça com o referendo." Segundo o sindicato, a Fiat esconde os detalhes de seus planos contanto com a conivência de um governo que não faz o seu trabalho e milita pela redução dos direitos.
Fonte: ElPaís
Tradução: TIE-Brasil
Enviada por Carlos Vallejo, às 11:23 14/01/2011, de Barcelona, Espanha
Calls Centers: Gol demite no Brasil e terceiriza serviço para Atento no Uruguai
Segundo informações veiculadas na imprensa brasileira a empresa aérea Gol transferiu o atendimento ao consumidor - em espanhol - de São Paulo, Brasil, para Montevidéu, Uruguai.
107 Trabalhadores do Call Center da Gol em SP foram demitidos.
O serviço no Uruguai será prestado pela terceirizada Atento que pertence à espanhola Telefônica e diz ter 169 pessoas para atender aos clientes da Gol.
No Call Center da Gol em SP restam ainda 2242 atendentes, sendo que 308 destes fazem o trabalho a partir de suas próprias casas.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:06 13/01/2011, de Curitiba, PR
Tragédias de verão, o termômetro da responsabilidade pública
Na Austrália, cidades importantes estão submersas; populações foram alertadas com dias de antecedências; regiões inteiras foram evacuadas. O número de vítimas é residual.
No Brasil, uma tromba d'agua (imprevisível?) matou 270 pessoas na região serrana do Rio em praticamente 24 horas. Em SP, um temporal de 54 mm dissolveu a gestão tucana na enxurrada.
Em todo o país, o mapeamento das áreas de risco está desatualizado e ações preventivas são pontuais.
Sem planejamento, a administração pública bóia na enxurrada como saco de lixo à deriva.
As populações, porém, se afogam.
Em SP, Serra investiu no ala(r)gamento da Marginal; não deu prioridade à limpeza do rio. A Marginal alargada alagou.
Desde 1998, foram construídos 43 dos 134 piscinões previstos para a Grande São Paulo. Das 22 ações antienchentes incluídas no orçamento de 2010, 14 receberam recursos abaixo do estipulado; entre elas, cinco registraram investimento zero.
O orçamento de publicidade da prefeitura demotucana quase dobrou em relação a 2009. Foi cumprido integralmente.
Um homem morreu afogado em plena avenida Nove de Julho, no centro da capital, na chuva da 2º feira.
O PSDB governa o estado mais rico da federação há 16 verões.
Fonte: Carta Maior
Enviada por Cido Araújo, às 09:57 13/01/2011, de São Paulo, SP
Entidades articulam mobilização por política de comunicações
Por Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual
São Paulo – Entidades e militantes por um novo marco regulatório das comunicações do país pretendem pressionar o governo, via Ministério das Comunicações, para que enfrente as reações das empresas e que mudanças no setor sejam realmente implementadas.
Essa disposição foi novamente manifestada na noite desta terça-feira (11), quando mais de uma centena de pessoas lotou o auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo durante o lançamento dos três volumes do livro "Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil", editado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom).
No debate que acompanhou o lançamento – promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé –, o marco regulatório e o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) mereceram destaque.
O jornalista Paulo Henrique Amorim afirmou, por exemplo, que o Brasil tem duas estradas a percorrer, uma representada pelas propostas para a criação de uma Lei de Meios no setor de comunicação. A outra refere-se às ações diretas de inconstitucionalidade por omissão (ADOs) apresentadas no Supremo Tribunal Federal (STF) devido à falta de regulamentação de artigos da Constituição sobre comunicação.
Amorim defendeu pressão sobre a Advocacia Geral da União (AGU) para que esta não dê parecer contrário às ações, assim como fez no debate sobre a revisão da Lei da Anistia. "Acredito que essa é uma das poucas páginas cinzentas do governo Lula. É preciso pressão para que a AGU não traia a nossa expectativa e de quem votou em Dilma Rousseff", afirmou o criador do blogue Conversa Afiada.
A respeito do PNBL, o jornalista afirmou que não se pode permitir que o governo "fetichize" a questão. "Banda larga é trilho, não vagão. Tecnologia não resolve problema político. Banda larga não é sinônimo de democracia. Se dentro do vagão vier o Nelson Jobim, por exemplo, eu não quero banda larga", ironizou.
Amorim disse ainda esperar que o ministro Paulo Bernardo não tenha "medo da Globo" e leve adiante a discussão sobre a regulamentação da comunicação. "Existe um embrião, e meu receio é que esse embrião tenha o mesmo destino das quatro propostas (sobre o tema) no governo FHC, a lata de lixo."
Agenda
Autor das ADOs no STF, o jurista Fábio Konder Comparato, professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), afirmou que o importante é manter o debate. "O objetivo das ações não é conseguir uma vitória judicial imediata. É tornar esse assunto algo permanente na agenda política. Temos de pressionar o governo e o Congresso para cumprir a Constituição. Espero que possamos fazer isso com organização e pertinácia", afirmou alertando ainda para o "poder de fogo" do capitalismo, "muito mais arguto, perspicaz e inteligente do que a gente imagina, com capacidade inigualável de atuação e sufocamento do adversário".
É preciso que o Congresso legisle sobre o tema, insistiu o professor, ao lembrar que a comunicação no Brasil, com quatro conglomerados, é ainda mais concentrada do que nos Estados Unidos (cinco). "A comunicação social autêntica se desenvolve em um espaço público. Esse espaço público, no Brasil, foi inteiramente privatizado", afirmou Comparato, para quem as concessões que não atuam no interesse público deveriam ser cassadas.
O professor defendeu ainda a garantia do direito de resposta – praticamente eliminado, na sua visão, após a revogação da Lei de Imprensa pelo Supremo, em 2009.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Guto Camargo, observou que a produção crítica sobre o tema não costumava passar pelo governo e, por isso, ressaltou a importância do estudo do Ipea.
Mas os profissionais do setor precisam participar mais, afirmou. "Os jornalistas precisam ser agentes mais do que têm sido até agora. Eles conhecem como é feita a salsicha", disse Guto, em referência a expressão antiga nas redações que compara a confecção de jornais à de embutidos.
Adeus ao DSR
O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, ao apresentar o estudo, afirmou que a dinâmica capitalista global passa por um momento de reestruturação, com dois elementos principais: o deslocamento de poder dos Estados Unidos para a Ásia, o que dá oportunidade inédita ao Brasil, e a transição na economia do trabalho material para o imaterial, ou seja, de atividades agroindustriais para o setor de serviços, que já responde por 70% das ocupações.
"Há um processo alienante de aumento da exploração do trabalho. Estamos levando trabalho para casa, conectados 24 horas por dia. Estamos dizendo adeus ao descanso semanal remunerado", observou.
Ao mesmo tempo, Pochmann lembrou que a experiência democrática ainda é recente no Brasil, 50 anos em um total de 500. Mas ao menos os últimos 25 anos foram vividos na democracia, ainda que mais representativa do que participava. É o momento, defendeu o economista, de discutir as mudanças no setor de comunicação de forma articulada.
O primeiro dos três volumes lançados pelo Ipea traz artigos de especialistas, abordando temas como as redes na internet, políticas públicas, tendências tecnológicas, a mídia dos Brics (sigla que abrange Brasil, Rússia, Índia e China). O segundo inclui textos que tratam da memória das associações científicas e acadêmicas de comunicação no país e o terceiro discute as tendências no setor, com diversos gráficos e dados estatísticos.
Pochmann adiantou que existe a perspectiva de se criar um observatório de acompanhamento da comunicação. Já o Barão de Itararé anunciou para março a realização de um seminário internacional para discutir o panorama das comunicações na América do Sul.
Enviada por Cido Araújo, às 09:53 13/01/2011, de São Paulo, SP
Fator previdenciário deve voltar à pauta do Congresso
A pauta da Câmara na nova Legislatura já começa com um problema a ser resolvido: o que fazer com o fator previdenciário. O novo ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, admitiu que o fator prejudica os aposentados, e aceita a possibilidade de substituí-lo pelo aumento da idade mínima para a aposentadoria. Sua equipe técnica está estudando a forma de fazer isso sem que a troca acarrete aumento do déficit das contas do INSS — que vai para R$ 42 bilhões em 2011, se for mantido o salário mínimo em R$ 540.
O fator previdenciário é a fórmula aplicada para a aposentadoria, e leva em conta o tempo de contribuição do trabalhador, sua idade e a expectativa de vida dos brasileiros. O objetivo é incentivar o segurado do INSS a postergar sua aposentadoria, prolongando o tempo de contribuição, e reduzindo, a médio prazo, o déficit previdenciário.
A tendência é de aumento de perdas para o trabalhador: com a nova expectativa de vida divulgada pelo IBGE, o cálculo do fator previdenciário foi alterado. De acordo com o INSS, considerando-se a mesma idade e tempo de contribuição, um segurado com 55 anos de idade e 35 anos de contribuição que requerer a aposentadoria a partir de agora terá que contribuir por mais 41 dias para manter o mesmo valor do benefício.
O economista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Piscitelli avalia que, com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, o País não terá como fugir de modelos que retardem a idade mínima para a aposentadoria.
Proposta na Câmara
Na Câmara, está pronto para ser votado pelo Plenário o PL 3299/08, do senador Paulo Paim (PT-RS), que acaba com o fator previdenciário. A proposta fixa o salário de benefício a partir da média aritmética simples dos 36 últimos salários de contribuição, anteriores à aposentadoria.
Em junho último, o Congresso já havia aprovado uma emenda a uma medida provisória que acabava com o fator previdenciário, mas o presidente Lula vetou a proposta. Após o veto, o presidente da Câmara, Marco Maia, declarou que a Casa deve abrir um amplo debate sobre o fator previdenciário e a sustentabilidade da previdência pública e privada no País.
As centrais sindicais também são contra o fator previdenciário, mas, segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), estão abertas ao diálogo com a nova presidente, Dilma Rousseff.
Enviada por Cido Araújo, às 09:50 13/01/2011, de São Paulo, SP
E os salários, como estão no mundo?
Por Paulo Daniel
A crise econômica e financeira global reduziu à metade o crescimento mundial de salários em 2008 e 2009, segundo um novo estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Intitulado “Relatório Mundial Sobre Salários 2010/2011 – Políticas Salariais em Tempos de Crise”, o trabalho atualiza dados de 115 países e avalia a situação de aproximadamente 94% dos quase 1.400 milhões de assalariados no mundo.
Constata que, a nível mundial, o crescimento médio dos salários mensais caiu de 2,8% em 2007 (antes do início da crise econômica global) a 1,5% em 2008 e 1,6% em 2009. Quando se exclui a China desse rol de países, a constatação é de que o crescimento de salários mensais ficou ainda mais baixo: em 0,8% em 2008 e 0,7% em 2009.
O relatório destaca importantes variações por regiões do mundo nas taxas de crescimento salarial. Mostra que, embora o crescimento de salários tenha diminuído, permaneceu positivo de maneira consistente na Ásia e na América Latina. Já outras regiões como Europa Oriental e Ásia Central sofreram forte queda.
Revela, também, que 12 de 28 economias mais industrializadas experimentaram uma redução do nível de salário real em 2008, incluindo Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Itália, Japão, México e República da Coréia. Ao passo que sete países apresentaram esta tendência em 2009: Alemanha, França, Inglaterra, Japão, México, República da Coréia e Rússia.
Em comparação, o Brasil mostrou um bom desempenho, com aumentos salariais reais de 3,4% em 2008 e 3,3% em 2009. Os bons resultados no Brasil (avaliados pela OIT com base nos dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE) estão relacionados ao fato de que os efeitos da crise econômica internacional foram muito breves e também ao aumento significativo do salário mínimo no país durante o período 2008-2009, cujo patamar incide diretamente em um de cada seis trabalhadores assalariados.
O relatório, o segundo sobre este tema que a OIT publica desde 2008, afirma que o impacto geral da crise em termos salariais, em curto prazo, deveria ser analisado dentro de um contexto de queda da participação dos salários no Produto Interno Bruto (PIB) dos países. E isso mostra um aumento da desvinculação entre produtividade e salários, manifestado na crescente desigualdade salarial no mundo.
Em relação ao futuro, o relatório destaca que o ritmo de recuperação econômica dependerá, ao menos em parte, da medida em que os domicílios possam utilizar seus salários para aumentar o consumo.
Em particular, o documento assinala que, desde a metade dos anos 90, a proporção de pessoas que recebem renda baixa – em valor definido como menor que dois terços do salário médio – tem aumentado em mais de um terço dos países com informação disponível sobre tais dados.
No Brasil, um em cada cinco trabalhadores assalariados nas seis regiões metropolitanas cobertas pela PME (Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE) é considerado de baixa renda, com alta representação de mulheres, negros, jovens e trabalhadores com baixo nível de escolaridade.
Uma das constatações é que existe pouca mobilidade, no Brasil, entre os trabalhadores de baixa renda e os demais assalariados. No período analisado de 2002 a 2009, 44,2% mantiveram sua situação de trabalhador de baixa renda, 18,3% passaram para o desemprego ou saíram do mercado de trabalho e 37,5% passaram a obter salários mais favoráveis.
As principais conclusões do relatório são as seguintes:
1 – Cinquenta por cento (50%) dos países estão ajustando seus salários mínimos. Alguns, como parte de seus processos regulares de revisão do salário mínimo. Outros, com o objetivo de proteger o poder aquisitivo dos trabalhadores mais vulneráveis. Isto representa uma mudança em relação a crises anteriores, nas quais o congelamento do salário mínimo era a norma.
2 – Para os trabalhadores com salários baixos, que correm especialmente risco de serem incluídos na faixa de pobreza da população, existe a necessidade de melhor articulação entre salário mínimo e políticas salariais e de trabalho.
3 – Em países onde a negociação coletiva cobre mais de 30% dos empregados e os salários mínimos reduzem a desigualdade na metade inferior da distribuição salarial, existe uma maior alienação entre os salários e a produtividade.
4 – A negociação coletiva e o salário mínimo, junto com políticas de ingresso de pessoas no mercado formal de trabalho corretamente formuladas, podem levantar os ingressos de tais trabalhadores a empregos, durante a recuperação.
Paulo Daniel, economista, mestre em economia política pela PUC-SP, professor de economia e editor do Blog Além de Economia.
Enviada por Sindicacau, às 09:47 12/01/2011, de Ilhéus, BA
Alta produtividade sinônimo de doença
Por Silva Filho Grilo
“Produtividade não é somente obter o máximo de eficiência “fazendo certo as coisas”, mas atingir o máximo de eficácia “fazendo as coisas certas”, mensurando a efetividade da empresa”. (www.sanepar.com.br)
Convivemos com uma absurda, na busca da eficiência, como do lucro a qualquer custo por parte de quase todos os seguimentos da economia. Laborar sob estas condições organizacionais compromete a saúde física e mental dos trabalhadores.
As empresas na busca incessante da otimização acabam fragilizando as defesas individuais e coletivas do trabalhador. A síndrome de burnout nada mais é do que um esgotamento institucional na busca da produtividade a qualquer custo.(A HREF="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Burnout">Síndrome de Burnout)
Diante destes modismos gerenciais, ocorrerá o inevitável aumento do passivo patológico ocupacional, cabendo, tão somente, a sociedade, arcar com o custo financeiro e social, (auxílio-doença) devido ao “espírito empreendedor” do patrão.
Quando os passageiros vêem os comissários de voo, sempre jovens, saudáveis e bem vestidos, têm a idéia de que estão higidíssimos, talvez uma tentativa de refletir na aparência um ambiente salubre o que sabemos não existir.
Em quanto isso, os aeronautas recebem mês a mês a compensação orgânica que:
“afigura-se como verba criada através de negociação coletiva para indenizar o trabalhador aeronauta que desempenha suas atividades sob condições penosas” Porém na hora de solicitar o Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP, para fim de solicitar à aposentadoria especial, a descrição ambiental, reconhecida pela empresa é idêntica a do Palácio de Buckingham. Muitos aeronautas ainda crêem, quando debilitados, fisicamente, conseqüentemente, incapazes para o trabalho, que tratasse de uma deficiência particular, uma inadaptação-pessoal e não em decorrência da tentativa infrutífera do empregador, em transformar o homem em maquina. Daí talvez tenha surgido à expressão “morar na mala”. Sempre a disposição do empregador, celular a mão, como se cada jornada de trabalho fosse uma missão. Cabe ao poder público fazer valer sua atribuição constitucional, pois, de nada adianta normatizar, se a cultura é desmoralizar e ou não cumpri-la quando não atende aos interesses empresarias. A penosidade avança sobre o aeronauta. Cabe ao trabalhador uma reflexão! Uma nova postura, abdicando de teses particularíssimas, passando a investigar as cabines pressurizadas, porconseguinte, o próprio ambiente laboral.
“afigura-se como verba criada através de negociação coletiva para indenizar o trabalhador aeronauta que desempenha suas atividades sob condições penosas” Porém na hora de solicitar o Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP, para fim de solicitar à aposentadoria especial, a descrição ambiental, reconhecida pela empresa é idêntica a do Palácio de Buckingham. Muitos aeronautas ainda crêem, quando debilitados, fisicamente, conseqüentemente, incapazes para o trabalho, que tratasse de uma deficiência particular, uma inadaptação-pessoal e não em decorrência da tentativa infrutífera do empregador, em transformar o homem em maquina. Daí talvez tenha surgido à expressão “morar na mala”. Sempre a disposição do empregador, celular a mão, como se cada jornada de trabalho fosse uma missão. Cabe ao poder público fazer valer sua atribuição constitucional, pois, de nada adianta normatizar, se a cultura é desmoralizar e ou não cumpri-la quando não atende aos interesses empresarias. A penosidade avança sobre o aeronauta. Cabe ao trabalhador uma reflexão! Uma nova postura, abdicando de teses particularíssimas, passando a investigar as cabines pressurizadas, porconseguinte, o próprio ambiente laboral.
Enviada por Sindicacau, às 15:35 09/01/2011, de Ilhéus, BA
Revisão de benefícios pelo teto do INSS pode garantir aumentos de até 39,35%
Enviada por Sindicacau, às 14:59 09/01/2011, de Ilhéus, BA
Ministro do Trabalho critica quem quer flexibilização da Legislação Trabalhista
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, abriu guerra contra empresários que querem a flexibilização do mercado de trabalho brasileiro. A avaliação dele é de que a legislação trabalhista brasileira já é muito flexível.
Para embasar seu ponto de vista, encomendou um estudo sobre o setor que revela que a rotatividade do mercado de trabalho formal brasileira está em 35,9% no período de 2007 a 2009. "Este mercado formal está deformado e todo esse debate só tem um lado", afirmou.
Lupi, confirmado na pasta no governo de Dilma Rousseff, deixou claro que se empenhará nesse debate. "A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) no Brasil está atualíssima. Sem ela, é colocar raposa no galinheiro", afirmou. "Por isso, quando se fala em flexibilizar, é preciso discutir esses números, pois, se ficar mais flexível do que está, vamos fechar os trabalhadores", disse.
O estudo foi elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e também da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Segundo o levantamento, dos 61,12 milhões de vínculos de trabalho existentes no ano passado, 19,92 milhões foram rompidos até 31 de dezembro, o que representa 32,6% do total.
Vale ressaltar que um só empregado pode ter mais de um vínculo de trabalho. Dos vínculos encerrados em 2009, no entanto, 7,30 milhões voltaram a ficar ativos no último dia do ano.
"Praticamente 20 milhões de vínculos perdidos é muito alto. Quero debater com a sociedade. Por que tanta discussão sobre isso", questionou. Ano a ano, a rotatividade dos vínculos foi de 34,3% em 2007; de 37,5% em 2008 e de 36% no ano passado.
Se forem acrescidos os números de transferências, aposentadorias, falecimentos e desligamentos voluntários esses porcentuais sobem respectivamente para 46,8%, 52,5% e 49,4%.
A intenção do ministro é utilizar a base de dados criada agora por meio de cruzamento de informações já existentes para balizar políticas para a próxima administração.
"Faremos política pública de qualificação com base em dados reais", afirmou o ministro. Além de divulgar o estudo para a imprensa, Lupi prometeu encaminhar o levantamento a centrais e confederações.
De 2003 a 2009, conforme o documento, o total de vínculos no ano (total de vínculos ativos em 31 de dezembro mais total de desligamentos) cresceu 49,35%, o equivalente ao aumento de 20,2 milhões de vínculos - de 40,9 milhões em 2002 para 61,12 milhões no ano passado.
Os desligamentos com menos de seis meses de duração superaram 40% do total de vínculos desligados em cada ano. Cerca de metade desses desligamentos não atingiram três meses de duração.
"É intensa a flexibilidade do mercado de trabalho analisada a partir do tempo de emprego. Cerca de dois terços dos vínculos desligados sequer atingiram um ano de trabalho", comentou o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.
Assim, segundo o estudo, de 76% a 79% dos desligamentos não tiveram sequer dois anos de duração. Para o ministro, o total de desligamentos é um número "assustador" e revela que, praticamente, não existe restrição à demissão no Brasil.
"A legislação trabalhista brasileira é tão flexível que circulam 20 milhões de vínculos", disse, acrescentando que se fosse tão caro demitir como os empresários alegam, com certeza haveria menos demissões. "Eu não vou demitir se é caro para mim".
Fonte: Agência do Estado
Enviada por Sindicacau, às 02:02 09/01/2011, de Ilhéus, BA
Sindicatos alemães reclamam da politica de geração de empregos
Sindicatos e partidos de oposição na Alemanha questionaram a política de emprego do governo do chanceler Angela Merkel. Segundo a Agência Federal de Emprego do país, a cifra de desempregados cresceu no final do ano de 2010 para mais de três milhões de pessoas.
Em uma coletiva de imprensa, o presidente da Agência de Emprego, Klaus-J. Wiese, fez um balanço positivo da situação, falou sobre o fim da crise econômica e de um crescimento provável da economia alemã. No entanto, sindicatos e representantes da oposição expressaram cautela ante as novas cifras estatísticas.
"O ano de 2010 não tem sido um ano bom para os desempregados nem para os que têm trabalho", disse Sabine Zimmermann, especialista para a política de emprego do grupo socialista no parlamento alemão.
Segundo a parlamentar, o assim chamado milagre no mercado de emprego se apoia em jornadas reduzidas e contratos temporários. "Temos cada vez menos relações trabalhistas com jornadas completas que garantem a subsistência das famílias", comentou Zimmermann.
Simultaneamente, Claus Matecki, membro na junta diretiva da Federação de Sindicatos da Alemanha, criticou o balanço positivo do governo de "absurdo".
Segundo o sindicalista, até dois milhões de pessoas têm contratos sob planos governamentais de fomento de trabalho. Estas ganham uns centos de euros, enquanto já não aparecem nas estatísticas sobre o desemprego.
Fonte: Prensa Latina
Enviada por Sindicacau, às 01:59 09/01/2011, de Ilhéus, BA
Militantes das Redes Sociais na Posse da Dilma
Enviada por Helen Lima, às 22:20 06/01/2011, de Brasília, DF
Debate: Panorama da comunicação e das telecomunicações no Brasil
Prezadas (os) amigas (os)
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em parceria com a Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom), acaba que concluir uma pesquisa sobre o "Panorama da comunicação e das telecomunicações". Em três volumes, o estudo inédito no país apresenta um amplo paínel sobre o setor e visa ajudar na construção de futuras políticas públicas. Sua publicação coincide a vontade expressa do novo governo de elaborar um novo marco regulatório da comunicação.
Com o objetivo de conhecer e discutir o seu conteúdo, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé realizará na próxima terça-feira, dia 11, a partir das 19 horas, no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, o debate "Panorama da comunicação e das telecomunicações no Brasil". Marcio Pochmann, presidente do IPEA, fará a apresentação dos resultados da pesquisas. E o jurista Fábio Konder Comparato e o jornalista Paulo Henrique Amorim debaterão o tema.
Participe. Ajude a divulgar este importante evento na sua lista de endereços eletrônicos e nas redes sociais.
Debate: "O panorama da comunicação e das telecomunicações no Brasil"
Dia: 11 de janeiro, terça-feira, às 19 horas.
Local: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530 - Sobreloja, próximo ao Metrô República).
Expositor: Marcio Pochmann, presidente do IPEA
Debatedores: Fábio Konder Comparato e Paulo Henrique Amorim.
Por favor, confirme sua presença através do nosso e-mail: contato@baraodeitarare.org.br
Att,
Danielle Penha
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
11 3054-1829
11 3054-1848 fax
contato@baraodeitarare.org.br
Acessem: Barão de Itararé
Danielle Penha
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
11 3054-1829
11 3054-1848 fax
contato@baraodeitarare.org.br
Acessem: Barão de Itararé
Enviada por Barão de Itararé, às 00:39 06/01/2011, de São Paulo, SP
Blogueiros Sujos na posse de Dilma
Por Cido Araújo
Companheiras (os ), fomos a posse da Dilma em BSB, vou contar a história em atos:
1º ato
Chegamos em BSB, eu com o pé quebrado de cadeira de rodas e a nossa grande surpresa foi a festa que os companheiros Valente e Valéria nos ofereceram. Uma ceia para não esquecer, muitos
comes e bebes, a alegria estampada no rosto de todos, mais uma vez, sempre, agradeço os anfitriões da festa: Valeria e Valente, bravo!!!!!!
2º ato
- A caminho da posse, devido as minhas dificuldades de locomação não pude comparecer a barraca dos Blogueiros Sujos (em frente a Catedral), mas temos que agradecer a companheira
Helen pela força. Fomos direto para a esplanada, chegamos por lá às 12h, chovia muito. Imagine eu de cadeira de rodas, consegui me locomover graças a ajuda do Ju, Dani, Ana e Maíra. Infelizmente Brasília não facilita em nada na Acessibilidade, senti na pele. Tentei articular, já que estava
de cadeira de rodas, ficar num lugar mais seguro, mas a princípio (seguranças) não facilitaram em nada. E aí foi só alegria, com sol escaldante, um dilúvio, todos molhados, isto já era 4 tarde, quando apareceu um assessor do Lula, o Bigode (grande figura) que com ajuda de "bombeiros", me colocou
num local onde estavam os cadeirantes.
3º ato
- Confesso que fiquei emocionado com a visão que tinha para ver a posse, a 50 metros de tudo, vi a Dilma desfilar no Rolls Royce, a passagem da faixa presidencial, tudo de um lugar priviligiado, mas a surpresa maior está para acontecer, quando a Dilma e Lula, Marisa, descem a rampa, o Lula se dirige ao carro e não mais que derepente ele se dirige ao povo, tive a dois metros dele fiquei emocionado, mas o triste que não pude abraça-lo, pois foi uma muvuca total, segurança, imprensa, não pude me aproximar mais, não vai faltar oportunidade. Saímos de lá super cansados, mas tínhamos um compromisso para a noite, o Sarau do Nassif.
4º ato
Fomos ao Sarau do Nassif, Bar Brahma e lá encontramos diversos Blogueiros Sujos: Sergio Telles (RJ), Márcio (PR), Dolphin(SP), Beto Mafra (MG), Fro (SP) e tantos outros. Estavam presentes também no Sarau: Dutra (Presidente do PT), José Eduardo Cardoso. Foi gostoso.
Companheiras(os), valeu o sacrifício (pé quebrado), e para não esquecer ninguém, agradeço a todos que estiveram conosco nesta alegria que jamais esqueceremos, pessoal de Brasília, RJ,
PR, SP, Cuiaba....tanta gente maravilhosa
Beijos a todos
Enviada por Aparecido Araújo, às 12:58 03/01/2011, de São Paulo, SP
O Estado de Direito e o império financeiro
Por Alejandro Nadal, La Jornada
WikiLeaks anuncia grandes revelações dos maiores bancos dos Estados Unidos. Claro, sabemos que o mundo das finanças se impôs à economia real. Aí está a política macroeconômica, completamente subordinada às necessidades do setor financeiro. Mas WikiLeaks confirma algo mais grave: a supremacia do sistema financeiro sobre o Estado de Direito.
Uma coisa é uma grave crise econômica e financeira. Mas ainda mais grave é que o Estado de Direito está indo para o abismo, juntamente com as economias de milhões de pessoas. Por isso, é importante lembrar o seguinte:
Primeiro, a crise explodiu no coração do sistema financeiro mais desenvolvido do mundo. Entre as causas da crise está um conjunto de operações financeiras duvidosas, que criou uma bomba-relógio e os seus efeitos se espalharam pelo mundo através da securitização e desregulamentação financeira.
Segundo, o sistema financeiro não foi alterado ou submetido a uma nova regulamentação ainda mais rigorosa. Nada no sistema financeiro dos EUA mudou significativamente. O pior é que ele mantém sua hegemonia sobre a economia real: as medidas de austeridade fiscal e política monetária adotadas nos Estados Unidos e Europa são testemunho disso.
Você não acha que os funcionários do Lehman Brothers, Goldman Sachs e Bear Stearns sabiam o que estavam fazendo? Um exemplo bastará para ilustrar isso tudo:
Os bancos de investimento nos Estados Unidos emitiam títulos “especialmente concebidos” para seus preços entrarem em colapso. Observe as palavras-chave “especialmente concebidos”. Lançados simultaneamente e apostando em outros títulos, a queda nos preços, conseguindo lucros astronômicos. “Vender ativos-lixo e apostar contra eles no paralelo não é um sinal de duplicidade penal?” A resposta deve ser sempre afirmativa.
Nos meandros do sistema financeiro institucional dos EUA estão os bancos tradicionais, bancos de investimento, corretoras e empresas de rating.Dormindo na mesma cama estão as agências reguladoras, a Federal Reserve, as Bolsas de Valores, a SEC, órgão regulador das operações no mercado de ações e a CTFC, que supervisiona as operações nos mercados futuros de commodities.
E esta é a história:
Ao longo dos últimos dez anos, os bancos comerciais e os de investimento além das operações bancárias tradicionais praticaram operações que todos os analistas sérios de mercado as classificam como “fraudulentas” e , no mínimo, como “irregulares”.
Só que ninguém, nenhum governante, tomou medidas legais para punir esses criminosos e/ou para evitar que esses crimes sejam novamente cometidos. Muito menos prevenir contra quaisquer comportamentos criminosos no futuro.
Além de algumas medidas regulamentares cosméticas, não foram proibidas nem mesmo as gigantescas operações que estavam por trás da enorme bolha de preços no setor imobiliário. Tampouco foi feita qualquer investigação séria contra as personagens de Wall Street fraudadoras e causadoras do desastre.
A lista de problemas que exigem atenção urgente dos Estados Unidos é conhecida. Em que país quatro maiores bancos concentram aproximadamente 60% de todos os ativos do setor bancário, e nada mudou para alterar esse nível de concentração e poder econômico. A multiplicação dos bancos foi esquecida. Tampouco se realizou uma reforma profunda da Freddie Mac e Fannie Mae (as duas gigantescas empresas quase públicas no mercado de hipotecas). Nunca foram proibidas as emissões da maioria dos derivativos mais perigosos (as armas de destruição em massa de Warren Buffet). Nenhuma tentativa foi feita para controlar e restringir os níveis de alavancagem dos bancos e agentes não-bancários.Finalmente, foram legalizadas as agências qualificadoras seguem sendo propriedade dos maiores agentes financeiros, que mantém o duplo jogo e conflito de interesses. Esses problemas também continuam por ser resolver.
Os indivíduos por trás das corporações do setor financeiro acumularam fortunas astronômicas e ainda o fazem, apoiados pelo pacote de “resgate financeiro” aprovado pelo fim da administração Bush. O mais surpreendente: suas operações sujas que permaneceram ocultas. Ao contario! Hoje sabemos tudo sobre o modus operandidesses intermediários financeiros e os seus cúmplices. Sabe-se tudo, mas ainda assim temos ZERO de investigações judiciais e ZERO de ações penais contra esses agentes financeiros criminosos.
Você acha que as divulgações futuras do WikiLeaks vai mudar as coisas?
Nos EUA, a tentativa de recuperar a república e remover o jugo do sistema financeiro foi truncado. A equipe econômica de Obama representa a opinião de que “falar de fraude é uma bobagem, o que importa é a macroeconomia".
Através de suas ações e omissões, a administração Obama mantém o caminho do desastre para a economia dos EUA e ajuda a desmantelar o que restava do Estado de Direito.
Fonte: rede castorphoto
Enviada por Castro Filho, às 12:03 03/01/2011, de São Paulo, SP
Jovens pregam assassinato de Dilma no twitter
O artigo do Eduardo Guimarães “Jovens pregam assassinato de Dilma”, no Blog da Cidadania (link abaixo), nos remete a Rosa Luxemburgo - Socialismo ou Barbárie? – sobretudo a citação que a faz sobre Friedrich Engels ao dizer que: “A sociedade burguesa se encontra diante de um dilema: ou avanço para o socialismo ou recaída na barbárie”.
"Mas o que significa 'recaída na barbárie' no grau de civilização que conhecemos hoje na Europa? Até hoje nós temos lido estas palavras sem refletir sobre elas e nós as temos repetido sem perceber sua terrível gravidade. Lancemos um olhar ao nosso redor neste momento e nós compreenderemos o que significa a recaída da sociedade burguesa na barbárie. A vitória do imperialismo leva ao aniquilamento da civilização – esporadicamente durante o curso da guerra moderna e definitivamente se o período de guerras mundiais que se inicia agora vier a prosseguir sem entraves até suas últimas conseqüências".
Infelizmente, esse tipo de comportamento é resultado de uma política de infiltração na juventude via twitter. De outra forma, esse método (infiltração) foi um expediente recorrente do período da ditadura militar. Antes era física. hoje virtual, mas que atinge diretamente a cabecinha de nossa juventude.
Como na campanha eleitoral, a CIA – Agência Central de Inteligência – continua no trabalho de campo e de vigilância com o apoio, por exemplo, de setores da Igreja Católica de ultra-direita e da velha mídia como GLOBO, VEJA, ÉPOCA, ESTADÃO, FOLHA DE SP e outros lixos vendidos.
http://www.blogcidadania.com.br/2011/01/jovens-pregam-assassinato-de-dilma-no-twitter/
Enviada por Jansen M.C., às 11:53 03/01/2011, de São Paulo, SP