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Notícias(Outubro/2008)

(clique para ver todas)

Advertência: PSDB faz mal à Educação
Governadora tucana do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, vai ao STF contra piso nacional de professores

A governadora Yeda Crusius (PSDB), do Rio Grande do Sul, comprou uma briga indigesta.

Ela protocolou no STF uma ação contra a lei que fixou em R$ 900 o piso nacional dos professores.

Para a governadora, a lei recém-aprovada pelo Congresso e sancionada por Lula seria "inconstitucional".

Sustenta que o Estado não tem como pagar o novo piso. Alega que, ao aprová-lo, os congressitas deixaram de levar em conta benefícios que já compõem os vencimentos dos professores.

O governo gaúcho insurge-se também contra o artigo da lei que reserva 30% da carga horária dos professores para atividades extraclasse.

Neste ponto, alega-se que, para implementar a regra, o Estado teria de contratar 27 mil novos professores.

Yeda não é a única executiva estadual que torce o nariz para a lei do piso dos professores. É a primeira, porém, a converter o tema em passivo judicial.

Escrito por Josias de Souza

A canção de Caetano e Gil já dizia, o Haiti é aqui. Basta uma pequena medida para democratizar e melhorar a educação que a direita já treme de medo e mostra sua ferocidade e incapcidade ideológica, política e intelectual.

E ainda tem gente que vota em tucano. É brincadeira???
Enviada por Almir Américo, às 16:04 30/10/2008, de São Paulo, SP


10.000 pessoas protestam contra as demissões na Nissan em Barcelona
Trabalhadores ocupam a via Laietana, principal avenida de Barcelona para protestar contra 1680 demissões na Nissan Motor Ibérica

O trânsito na Via Laietana, no centro de Barcelona, ficou completamente parado na tarde de 23 de outubro de 2008 devido a manifestação de milhares de trabalhadores contra as demissões promovidas pela Nissan em nome de um "Expediente de Regulamentação de Emprego". Os Representantes dos Trabalhadores na Nissan já anunciaram que continuarão com as mobilizações até que a empresa volte atrás e retire o injusto e injustificado "Expediente".

Vale lembrar que há tempos se comenta na Espanha que a Nissan estaria fechando a fábrica de Barcelona porque transferirá a produção para sua nova fábrica na cidade de Tanger, no norte do Marrocos, a uns 15 Km quilômetros de distância da Espanha através do estreito de Gibraltar.

A Nissan se aproveita da crise financeira gerada pela irresponsabilidade de neo-liberais e banqueiros norte-americanos, do baixo custo de mão-de-obra marroquina e a da débil legislação trabalhista no Marrocos para promover uma forte reestruturação de sua produção em território espanhol, ao mesmo tempo que monta uma fábrica do outro lado da fronteira para garantir o abastecimento do mercado espanhol e europeu.

Tanger, no norte do Marrocos, tem recebido investimentos de várias transnacionais porque há um esforço do governo local em transformar a cidade em um centro de maquiladoras, ou seja, empresas sediadas em Zonas Francas ou ZPE's (Zonas de Processamento de Exportações) que apenas montam produtos destinados ao mercado externo, assim como acontece no norte do México, onde as transnacionais exploram a mão-de-obra mexicana, desrespeitam as leis trabalhistas e exportam tudo para o mercado norte-americano. Como na Europa há uma forte regulamentação trabalhista e social, as transnacionais transferem a produção para Tanger e dali exportam para a Europa, já que a distância entre Europa e África através do Estreito de Gibraltar é de apenas 14,4 Km.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 14:45 24/10/2008, de Curitiba, PR


Justiça eleitoral? Impugnação no Recife e uma multinha em Sampa
Justiça Eleitoral rejeita impugnação e multa Kassab por "checão" do metrô

O juiz Marco Antonio Martin Vargas decidiu nesta quinta-feira (23) aplicar multa de R$ 5.320,50 contra o candidato à reeleição em São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), por evento de repasse de investimentos ao metrô paulistano. Ele julgou parcialmente procedente ação em que Marta Suplicy (PT) pede a impugnação da candidatura de Kassab.

A decisão ocorre após parecer favorável à impugnação pelo promotor eleitoral Eduardo Rheingantz, que é levado em conta pelo juiz eleitoral no momento de proferir a decisão final no processo.

A coligação da petista deve recorrer. A campanha afirma que considera a decisão "branda, em face dos atos cometidos".

Vale lembrar que na disputa para a prefeitura do Recife o candidato do PT João da Costa teve sua candidatura impugnada devido a uma denuncia de que teria usado a máquina da prefeitura em sua campanha.

João da Costa foi condenado em primeira instância pelo juiz Nilson Guerra Nery, da 8ª Zona Eleitoral do Recife. O magistrado determinou a cassação do registro da candidatura do petista e o condenou a três anos de inegibilidade.

Nery considerou grave a denúncia formulada pelo Ministério Público de que funcionários ocupantes de cargos comissionados da Secretaria Municipal de Educação teriam usado computadores da prefeitura para enviar mensagens de cunho eleitoral a outros servidores.

O petista, mesmo eleito no primeiro turno corre ainda o risco de perder o cargo que lhe foi consagrado pelo voto popular.

Será que o magistrado paulista seria tão brando caso o "chequão" tivesse sido entregue por Lula a Martha?

Será que seu colega pernambucano seria tão rígido caso o prefeito e o candidato recifense fossem do PSDB ou do DEMo?

São dúvidas que ficam no ar e necessitam de uma resposta convincente.

Pelo menos, o Ministério Público fez sua parte e pediu a impugnação das duas campanhas, tanto a do petista João da Costa, quanto a de Kassab, do DEMo....
Enviada por Sérgio Bertoni, às 18:02 23/10/2008, de Curitiba, PR


CC.OO e UGT da Catalunha convocam manifestação em defesa do emprego industrial
As centrais sindicais Comisiones Obreras - CC.OO. e a União Geral dos Trabalhadores, da Catalunha, Espanha, convocam para o próximo dia 05 de novembro uma grande manifestação em defesa do emprego industrial.

A passeata sairá da Praça da Catalunha e irá até a Praça da Catedral, em Barcelona, seguida de uma coletiva de imprensa.

As centrais decidiram convocar esta manifestação em virtude dos processos de reestruturação industrial e demissões em massa em curso naquele país, implantados sob a desculpa da crise financeira internacional.

As empresas se aproveitam da crise para reduzir ainda mais seus custos e aumentar a produtividade através da demissão de trabalhadores, aumento da carga e da jornada de Trabalho, redução de garantias sociais, etc.

Em lugar de reconhecer a queda do muro de Wall Street e o fim do néo-liberalismo, os capitalistas aproveitam o momento para impor mais néo-liberalismo, mais desregulamentação, mais precarização, mais desemprego, à classe trabalhadora, transferindo os custos sociais da crise para os mais pobres.

Os sindicalistas catalães afirmam que a manifestação servirá para que todos saibam que os Trabalhadores não estão de acordo em pagar a conta da crise internacional criada pela especulação e irresponsabilidade dos banqueiros e governos neo-liberais.
Enviada por Pedro Jimenez, às 12:38 23/10/2008, de Barcelona, Catalunha


Nanotecnologia: conhecer para enfrentar os desafios
DIEESE Nota Técnica nº 76 - outubro de 2008

A nanotecnologia refere-se a uma tecnologia que manipula a matéria na escala de átomos e moléculas - muito pequena, portanto - e é medida por nanômetros, onde um deles equivale a um bilionésimo do metro. Seu objetivo é transformar as características físico-químicas dos materiais e elementos tradicionalmente conhecidos e criar novos produtos,com características diferenciadas. Produtos desenvolvidos com esta tecnologia já estão sendo desenvolvidos e obrigam a uma reflexão sobre os impactos de sua aplicação no mundo do trabalho, principalmente no que se refere à saúde dos trabalhadores,o exercício de sua função e o impacto na ocupação.

A modificação geométrica a que a nanotecnologia submete os elementos faz comoque adquiram características físico-químicas diferentesdas “tradicionais”, ou seja, diferentes daquelas conhecidas no tamanho em que aparecem na natureza. Já existem vários produtos no mercado que utilizam nanotecnologia, sem o conhecimento da sociedade, uma vez que os produtos não são rotulados e não há regulamentação específica.

Esta nova tecnologia pode trazer possibilidades e riscos. Muito se fala de suas vantagens, mas pouco se sabe de seus riscos. Os materiais são alterados em uma escala não visível ao olho humano (a não ser com instrumentos especiais) e exige grandes investimentos em equipamentos científicos.A introdução da nanotecnologia representa desafio inédito para a sociedade e em especial aos trabalhadores que estarão envolvidosem sua produção e/ou manipulação. Nesse sentido, um questionamento surge com mais força:
- O quê deve ser controlado e quais instituições devem exercer esses controles sociais?

O cidadão comum não será mais capaz de observar todas as atividades relevantes ao seu redor, enquanto as autoridades serãopressionadas a prover assistência e orientação contraa invasão da privacidade por parte dos produtores ou proprietários da tecnologia.

A introdução da nanotecnologia em processos produtivos vem ocorrendo principalmente nos países centrais do capitalismo, em que estão sediadas as matrizes das corporações transnacionais. Nos países da periferia, como o Brasil, materiais com nanoparticulas estarão sendo incorporados aos processos produtivos pelas filiais das corporações aqui instaladas, a partir de decisão unilateral dentro das empresas,que escapa totalmente ao controle público, seja da sociedade, dos trabalhadores, como dos órgãos do Estado que deveriam se encarregar desta regulação.

Torna-se fundamental a avaliação permanente do papel da nova tecnologia na melhora ou piora da situação social, diminuindo ou aumentando as desigualdades, a exclusão, conseqüências para saúde das pessoas e a degradação do meio ambiente. São,também, necessários estudos sobre os impactos sociais daincorporação de nanotecnologia nos processos produtivos – como as mudanças podem afetar os trabalhadores -, além daregulamentação de padrões de exposição,prevenção e intervenção de nanopartículas. Para que estes estudos possam se efetivar, coloca-se a necessidade de criaçãode um espaço público sobre nanotecnologia com a funçãode coordenar o diálogo social sobre o tema e orientar intervençõesreguladoras.

A partir da próximasemana, somente os sócios e assinantes com login e senha poderão consultar o material.

Acesse outros materiais divulgados pelo Departamento no endereço: www.dieese.org.br

DIEESE:Escritório Nacional: rua Ministro Godói, 310 | Perdizes -São Paulo | CEP 05001-900 | Tel. 11 3874-5366
Escritórios Regionais: Bahia,Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio deJaneiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe
Enviada por Marilena Silva e Juan Sanchez, às 14:01 22/10/2008, de Curitiba, PR e Porto Alegre. RS


Acorda Peão: Comissão de Trabalho aprova o nefasto PL 4.302/98 do ex-presidente FHC
Governo neoliberal implantado por FHC deixou rastros nojentos para a vida dos trabalhadores

Com cinco destaques, foi aprovado o Projeto de Lei que dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de trabalho temporário e na empresa de prestação de serviços a terceiros. É mais uma das heranças malditas dos tucano

Na última semana, a Comissão de Trabalho da Câmara aprovou com cinco destaques, o PL 4.302/98, do ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso, que dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de trabalho temporário e na empresa de prestação de serviços a terceiros. A matéria ainda será examinada pela Comissão de Constituição e Justiça, antes de ir a votos no plenário.

Estranhamente, apesar dos alertas do DIAP, a mensagem do Executivo 389, que pede o arquivamento do projeto, encaminhada pelo presidente Lula assim que assumiu o primeiro mandato, não é lida e votada pelo plenário da Câmara. Como se vê, a agenda sindical positiva no Congresso é ignorada pela base aliada.

O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) articula movimento para que o plenário vote a mensagem de Lula para arquivar o projeto.

O projeto de lei representa o fim do vínculo empregatício, que poderá até existir no papel, mas dificilmente será adotado pelas empresas.

Veja por que:

1 - O projeto generaliza a contratação terceirizada em caráter permanente e para qualquer atividade, urbana ou rural, inclusive do mesmo grupo econômico. A empresa poderá ter 100% dos seus funcionários por terceirização ou até mesmo quarteirização.

2 - A proposição assegura não haver "vínculo empregatício entre os trabalhadores ou sócios das empresas prestadoras de serviços (...) e a empresa contratante". Ora, isso legaliza aquela situação em que a empresa "propõe" ao seu empregado a abertura de uma empresa ou a adesão a uma pseudocooperativa. Um prato cheio para a Super-Receita analisar...

Afinal, quem são os "sócios" se não os funcionários que passaram a condição de "prestador de serviços", cooperados ou não ?. Esse é o grande "pulo do gato". Livra a empresa do ônus de contratar, promovendo, simultaneamente as reformas trabalhista e tributária.

3 - Ainda que exista vínculo do empregado com a empresa prestadora de serviço, uma coisa é certa: ao contratar "serviços" e não mais pessoas, a empresa estará livre de cumprir as regras estabelecidas por Convenções Coletivas dos empregados agora substituídos por "terceirizados".

4 - A proposta ainda retroage no tempo e declara "anistiadas dos débitos, das penalidades e das multas" as empresas que vinham contratando irregularmente os trabalhadores, antes da eventual mudança.

5 - Pior ainda: a nova modalidade instituída pelo projeto não vale para as empresas que já vinham contratando irregularmente (as mesmas que serão anistiadas). Para essas, os contratos "poderão adequar-se à nova lei", mediante contrato entre as partes.

6 - O projeto ainda exime a empresa tomadora dos serviços da responsabilidade pelo não-pagamento das contribuições previdenciárias e/ou trabalhista. Embora seja ela a maior beneficiária, sua responsabilidade é apenas subsidiária em relação aos danos causados ao trabalhador ou aos cofres públicos.

Além de introduzir a terceirização como norma legal, o PL 4.302 altera as regras de contratação temporária, também por empresa interposta. Entre outras medidas, um trabalhador poderá permanecer em uma empresa como "temporário" por até 270 dias ou prazo ainda maior, se constar de acordo ou convenção coletiva. Ao final do contrato, sai da empresa com uma mão na frente e outra atrás...

A proposta também cuida de assegurar que não existe vínculo empregatício entre o empregado temporário e a empresa contratante. Portanto, mais do que flexibilizar, o PL 4.302/98 rasga e joga na lata do lixo os parcos direitos conquistados pelos trabalhadores com a Consolidação das Leis do Trabalho.

Clique aqui para ler o artigo Precarização da Vida e do Trabalho: 1998, o ano que (ainda) não terminou elaborado pelo DIAP - Departamento Isntersindical de Assessoria Parlamentar.
Enviada por CNM-CUT, às 14:49 21/10/2008, de São Paulo, SP


Globo censura Sindicato dos Bancários em Pernambuco
Por Sulamita Esteliam

Um anúncio produzido pela entidade que trata da greve e critica os bancos não foi veiculado pela Globo, ao contrário das outras emissoras. A veiculação foi paga, adiantadamente, o cheque compensado, mas o Departamento Comercial da Emissora vetou a inserção.

O VT do Sindicato dos Bancários de Pernambuco para a Campanha Nacional 2008, de 45 segundos, recupera o lema Banco Mata. A propaganda critica a ganância dos bancos e explica porque os bancários estão em greve por tempo indeterminado. A Globo encontrou um motivo para censurar o material.

Segundo o contato comercial da Globo Nordeste, o nome do Sindicato teria que ser inserido em caracteres no VT; ou seja, por escrito e por extenso. Ou o Sindicato acrescentava esse detalhe, ou o VT não iria ao ar. Isso, a menos de 30 minutos do horário-limite de entregar o material nas quatro emissoras onde se havia contratado o espaço.

Esgotadas as tentativas de diálogo, o Sindicato pediu que a Globo mandasse a condição por escrito, via correio eletrônico, já que o Sindicato não modificaria o VT e o pagamento das inserções já havia sido feito. Adeládio, o contato, disse que não faria isso, e que o cheque seria devolvido. Fez mais, tentou inverter o ônus do problema, acusando o Sindicato de tentar "esconder o nome". Que se diga: a assinatura está no áudio, em alto e bom tom. E está na logomarca da entidade, bastante conhecida - e onde se lê "Bancários de Pernambuco" -, que fecha o VT.

"Quero saber se eles exigem do Shopping Recife, ou do Bradesco que escrevam seus nomes por extenso, junto com as marcas", questiona a secretária de Comunicação do Sindicato, Emerenciana Rêgo - Mereh.

Leia o texto completo na página do NPC.
Enviada por NPC, às 14:24 21/10/2008, de Rio de Janeiro, RJ


III Fórum Social das Américas defende maior integração no continente
Por Sheila Jacob

De 7 a 12 de outubro, a Universidade de São Carlos, na Guatemala, foi sede do III Fórum Social das Américas. Dentre os cerca de 7000 inscritos estiveram representantes de organizações sociais e sindicais de todo o continente. Do Brasil, participaram o MST, a Marcha Mundial de Mulheres, a CUT, e outros grupos organizados. O encontro foi uma prévia do próximo Fórum Social Mundial, que ocorre de 27 de janeiro a 01 de fevereiro de 2009 em Belém do Pará, no Brasil.

No encontro foi destacado o momento atual de crise do sistema financeiro mundial, que significa o fracasso do modelo econômico adotado mundialmente sob o prisma do neoliberalismo. Foi debatida a urgência da reforma agrária e a defesa da soberania alimentar no continente. Também a luta contra os transgênicos, contra a exploração dos trabalhadores e contra a criminalização dos movimentos sociais.

O Fórum pautou o combate aos tratados de livre comércio propostos pelos Estados Unidos e pela Europa, o fortalecimento das organizações sindicais e, principalmente, uma maior articulação e integração dos países latino-americanos. Em muitas mesas foi pautada a democratização da comunicação e a luta contra discriminações de gênero, cor, etnia, orientação sexual e principalmente de classe.

No evento mereceu destaque a resistência dos povos indígenas. Nessa pauta incluem-se a defesa do território, o combate à degradação ambiental e à exploração da Terra Mãe (Pachamama), a valorização das diversas línguas originárias e dos lugares sagrados, e a situação de jovens e mulheres indígenas.

No sábado, último dia de atividades do Fórum, foi realizada uma Assembléia dos Movimentos Sociais. Entre outras questões, o documento produzido ao longo do encontro reitera a solidariedade com os governos da Bolívia e Equador, celebra os cinqüenta anos da revolução socialista cubana e pronuncia-se pela retirada imediata das tropas estrangeiras do Haiti.

O documento completo pode ser lido em www.movimentos.org
Enviada por NPC, às 14:16 21/10/2008, de Rio de Janeiro, RJ


Carta aberta de um investigador de polícia de São Paulo
Carta aberta escrita por um investigador de Polícia de São Paulo após a covarde reação do Governador ao movimento grevista:

'Estou escrevendo esta carta de manifestação como um desabafo pelo descaso com que o Governador do Estado de São Paulo trata a polícia paulista e como ele faz transparecer à toda população através de meios de comunicação 'simpáticos' a ele.

Madrugada de quinta-feira(17/10): cerca de 45 policiais das cidades de Araçatuba, Birigui, Guararapes, Bilac, Buritama e Penápolis embarcam em um ônibus (fretado) rumo a uma manifestação na cidade de São Paulo, no estádio do Morumbi, para uma passeata até o palácio do Governo. Manifestação organizada pelos Sindicatos e Associações de todas as carreiras Policiais Civis, com participação da Associação da esposas e parentes dos Policiais Militares e de Aposentados da PM.

Tarde de quinta: cerca de 13:30, chegamos ao local marcado e nos juntamos aos policiais ali presentes e aos que chegavam em dezenas de ônibus. Em contagem não oficial, o número de policiais manifestantes aproxima-se de 5 mil.

14:00: Sindicalistas e representantes de Associações se revezam ao microfone indignados com o desrespeito do Governador José Serra e do Secretário de Secretário de Segurança Pública que sequer manifestaram qualquer sinal de tratativa para fim da greve (que já dura um mês) e tentativa de acordo. Não aceitando sequer iniciar diálogo com o Comando de Greve. Policiais Civis Ostensivos de São Paulo (GARRA, GOE e SOE) aguardam nas imediações para garantir a pacividade e tranquilidade da manifestação.

15:00: Inicia-se a marcha até o Palácio do Governo, todos os manifestantes e dois carros de som. Nas proximidades uma barreira da Polícia Militar, logo à frente (cerca de 30 metros) o batalhão do choque da PM. Os manifestantes empunhavam apenas bandeiras com frases de protestos, buzinas e apitos.

16:00: Fomos recebidos com tiros de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo pelo Choque. A grande maioria dos manifestantes estava com armas na cintura, porém, não vi sequer um sacá-la.O policiamento civil ostensivo (GARRA, GOE E SOE) interveio para garantir a integridade física dos manifestantes e conseguiu colocar suas viaturas na frente do batalhão de choque diminuindo o poder de ofensividade. O choque já caminhava em direção aos manifestantes com cacetetes em punho.Importante deixar ressaltado que o batalhão de choque atingiu vários idosos (aposentados e ativos) e mulheres de pms, ferindo inclusive colegas de farda que faziam o primeiro bloqueio.

17:00: cessam os ataques, vários feridos, inclusive de nosso ônibus, um delegado de Birigui ferido na perna e um escrivão de Guararapes com um corte profundo no braço. Armas que eles usavam? Apitos e bandeiras. Feridos dos dois lados, tanto da Policia Civil quanto da PM.

18:00: clima tenso em frente ao Palácio do Governo, manifestantes policiais civis lado a lado com o batalhão de choque da PM, cavalaria, tático e outros montes que chegam.Policiais Civis de São Paulo de região também chegam no local como forma de apoio.

18:20: ficamos sabendo que José Serra dá entrevista no Datena, classificando o ato como político e eleitoreiro. Que a manifestação teve a participação de uma minoria da Polícia Civil e que a maioria era de entidades ligadas ao PT e PDT (CUT e Força Sindical).

Não entra no assunto principal que é a reivindicação salarial e melhorias estruturais. Posteriormente dá entrevista ao vivo no Jornal Nacional com o mesmo discurso.Sempre que indagado sobre a greve ou sobre a deficiência estrutural da polícia paulista, o Governador ou desconversa, ou diz que os secretários de segurança e de gestão pública estão tratando do assunto, o que não é verdade visto que até hoje não houve nenhuma tratativa com o comando de greve. É bom que a população saiba que a Polícia está há 16 (dezesseis) anos sem aumento salarial. O que a categoria está reivindicando é apenas a reposição salarial por conta da defasagem da inflação.

O Estado de São Paulo paga o PIOR SALÁRIO DO BRASIL a seus policiais. É o mesmo Estado que mais arrecada e o que mais tem dinheiro de toda AMÉRICA LATINA. A manifestação do dia 16/10 teve como principal objetivo fazer com que o Governador atendesse o comando de greve iniciando algum diálogo. Não fomos ao local para uma guerra, que foi o que aconteceu, fomos para protestar, gritar e irmos embora, como aconteceu na semana passada na frente da Secretaria de Gestão. Não iria haver conflito se o choque não estivesse no local, ou se o comandante não tivesse ordenado o ataque.

O Governador ou o comandante da PM tinha que ter o BOM SENSO em não ordenar o ataque, pois não estavam tratando com simples manifestantes civis, como já se viu em outras ocasiões os professores e os bancários sendo covardemente agredidos pelo choque, estavam defronte a uma manifestação de policiais, a sua grande maioria armada, e que tiveram muita consciência e razão em não revidarem o ataque com munição real, caso contrário, estaríamos contabilizando mortos e não feridos.

Fiz esse desabafo para que toda população não acredite só nos meios de comunicação que por vezes, infelizmente, não são imparciais como deveriam ser. Até mesmo pelo poder de persuasão que exercem nas pessoas. Toda essa GUERRA que se viu em todos os meios de comunicação foi causada por apenas uma pessoa, JOSÉ SERRA. Peço que repassem este e-mail a todos os seus contatos para que a população em geral tenha conhecimento da forma de como o Governo do Estado de São Paulo trata os funcionários públicos, no caso em tela, os Policiais Civis.'

Birigui, 17/10/2008

Fausto Haruo Ashihara
Investigador de Polícia

Vale sempre lembrar que esse governo mesquinho e caudatário sentou-se de maneira servil para negociar com o PCC e com seu líder Marcola. Entretanto, não abre diálogo com os delegados e recebe seus policiais a bala!!!
Enviada por Edu Pacheco, às 14:10 21/10/2008, de São Paulo, SP


Para aplaudir em pé!!!
Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.

Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.

'Qual o problema, senhora'?, pergunta uma comissária.

'Não está vendo? - respondeu a senhora

- 'vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira'.

'Por favor, acalme-se - disse a aeromoça - 'infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível'.

A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.

'Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar mesmo na classe econômica.

Temos apenas um lugar na 'primeira classe'. E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:

'Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa tão desagradável'.

E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:

Portanto, senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...

' E todos os passageiros próximos, que, estupefatos, assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.

'O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons'
Enviada por Comissão de Fábrica dos Trabalhadores na VW , às 13:59 21/10/2008, de São Carlos, SP


Bancários em Greve: Carta Aberta ao Presidente Lula
Carta Aberta ao Presidente Lula

Senhor Presidente Lula,

Os Bancários iniciaram uma greve nacional em 08 de outubro por causa do impasse frente ao atendimento das nossas reivindicações salariais.

A negociação está se dando em mesa única, formada pelos banqueiros e pelas direções dos bancos públicos. Apesar dos altíssimos lucros obtidos pelas instituições bancárias nos últimos anos, elas mantêm-se irredutíveis, nos negando ganho real que avance minimamente na distribuição desta riqueza gerada. E ainda vemos o superintendente de Relações de Trabalho da Fenaban, Sr. Magnus Apostólico, declarar à imprensa que "neste momento de crise, não é hora de fazer greve; é hora de nos juntarmos para dar confiança à população".

Entendemos que a melhor forma de se enfrentar a crise é proteger os trabalhadores contra ela, atendendo as nossa reivindicações.

Por isso, nos dirigimos ao senhor, Presidente Lula, pois um governo eleito pelos trabalhadores (incluindo os bancários), como é o seu caso, tem que determinar às direções da CEF e do BB que atendam as nossas reivindicações, formalizando uma proposta condizente de aumento real, bem como das outras justas reivindicações.

Esta medida, com certeza ajudaria a pressionar os bancos privados a seguirem esta proposta, bem como repararia em parte as injustas perdas salariais dos bancários no governo FHC.

Bancários de Curitiba e Região Metropolitana
Enviada por CUT-PR, às 13:04 20/10/2008, de Curitiba, PR


Ora pois, o velho Marx está na moda de novo, tais a ver?
Com o sistema financeiro em crise, a teoria marxista ganha novo fôlego.

As vendas de O Capital, a obra maior de Karl Marx, estão «claramente a aumentar», disse hoje Jörn Schütrumpf da editora Karl-Dietz-Verlag, informou a AFP

«Marx está de novo na moda e a procura das suas obras em alta», explicou Schütrumpf ao jornal Neue Ruhr Neue Rheinzeitung.

Segundo a editora de Berlim, o primeiro tomo de O Capital já vendeu este ano 1500 exemplares, contra 500 em 2005, e as vendas vão continuar a aumentar até ao fim do ano, assegurou o editor.

Os leitores pertencem a «uma nova geração de eruditos que reconheceu que as promessas neo-liberais não se realizaram», sublinhou.

O próprio ministro alemão das Finanças Peer Steinbrück fez uma referência a Marx em finais de Setembro no contexto da crise financeira.

«Certas partes da teoria de Marx não estão erradas», como a que refere à autodestruição do capitalismo por causa da sua avidez, disse então à revista Der Spiegel.

Karl Marx, nascido em 1818 em Trier, na Alemanha, foi um dos mais célebres críticos do capitalismo e a sua visão da História previa a sua dissolução, dando origem a um diferente modo de produção.

Fonte: Lusa / SOL

Nota desta Redação: Não esqueçamos que "O Capital" é o livro de cabeceira dos novos russos, cidadãos soviéticos que enriqueceram de uma hora para outra com o fim do sistema autoritário estatal vigente na URSS. Depois de 70 anos de socialismo soviético, os russos não sabiam como fazer a acumulação primitiva. Recorreram a Marx e ali tudo aprenderam.
Afinal, ninguém melhor que Marx descreveu o funcionamento do capitalismo, tin-tin por tin-tin...
Enviada por Almir Américo, às 19:55 19/10/2008, de São Paulo, SP


A fatura da irresponsabilidade liberal
O economista Joseph Stiglitz observou que as conseqüências da atual crise financeira para o fundamentalismo de mercado são equivalentes ao que a queda do Muro de Berlim significou para as economias dos países comunistas

Por Almir Ribeiro

Com efeito, a crise bancária desencadeada há um ano por uma avalanche de inadimplência no mercado hipotecário dos EUA demoliu pilares vitais do capitalismo, entre os quais centenárias instituições financeiras essenciais para o funcionamento das engrenagens financistas de Wall Street. E corroeu, de forma irreversível, a credibilidade do sub-regulamentado mercado financeiro do país e de seus agentes irreponsáveis.

O que o mundo assisti nas últimas semanas é a vaporização dos dogmas da absoluta capacidade do mercado de se auto-regular. Princípios fundamentais do consenso de Washington restaram desmoralizados em seu mais simbólico domínio, na medida em que as opiniões de norte-americanos convergiam em favor da redentora intervenção do Estado para reverter uma situação de falência do mercado financeiro e endividamento dos cidadãos.

Doutrinados e doutrinadores viraram a casaca liberal e, dedos cruzados, assistiram à votação do trilionário pacote de injeção de recursos dos contribuintes na veia do mercado. A emergência silenciou os brios liberais e o pacote foi aprovado com sobras de apoio. O mundo terminou a semana bastante diferente, não importa qual seja o desfecho da crise.

O tsunami de Wall Street segue propagando suas ondas destrutivas para outros destinos mundiais. A Europa já está remediando seus mercados financeiros. Embora a proporção do estrago seja muito menor que os EUA, não são poucos os bancos que foram socorrer-se nos recursos públicos. Já sob as nuvens escuras da recessão, os líderes do G8 no continente reuniram-se no final-de-semana passado, preocupados em injetar confiança em suas praças financeiras. Essa substância tão essencial ao capitalismo de mercado, a confiança, começa a escassear também no outro lado do Atlântico, mas os líderes de Alemanha, França, Inglaterra e Itália deram um claro recado de garantia de apoio público aos seus bancos em dificuldade. Os banqueiros do velho continente brindam aliviados, enquanto os contribuintes têm motivos de sobra para se preocupar com a predisposição de seus governos à socialização dos prejuízos. Nesse roteiro, a queda do muro tende a ganhar mão dupla no imaginário libertário europeu. “Berlim Oriental tinha lá seus muitos encantos”, dirão os novos sócios do generoso estado europeu.

Qualquer que seja a estratégia dos países para se proteger da crise, pode-se estimar que já não o farão à reboque da política de Washington. Os governos não aguardarão a posse do presidente dos EUA para conhecer os novos regulamentos financeiros e adequar os seus próprios modelos em sintonia automática com Wall Street. É até provável que ocorra o contrário, dada a fragilidade do paquidérmico mercado norte-americano e o senso de urgência com que cada país busca uma solução para seus próprios rombos.

Uma das deliberações dos líderes europeus no fim-de-semana foi justamente um urgente chamamento para revisão da regulamentação dos mercados financeiros. Embora não tenham encontrado consenso para promover uma reforma conjunta, nessas alturas da crise não há dúvidas de que cada qual seguirá o sentido do maior controle e fiscalização pública, o que significará uma freada na libertinagem financeira em nível mundial. São pressões exógenas como essa que começam a minar a liderança dos EUA na operação das finanças mundiais. É um sinal de que as conseqüências da crise para o país irão muito além da ressaca do fim da festa das alavancagens meteóricas, que faziam jorrar dinheiro das torres envidraçadas de Manhattan. A reconfiguração das regras dos mercados pode desarticular o modus operandi da dominação econômica norte-americana, implicando num severo golpe às ambições hegemônicas do país. Essa é somente a primeira fatura da irresponsabilidade liberal!
Enviada por Almir Américo, às 13:27 18/10/2008, de São Paulo, SP


19 anos depois do Muro de Berlim cai a Wall Street de Nova Iorque
Depois de Berlim, Nova York

Por Mino Carta

Gostaria que os tempos fossem bem menos propícios para os especuladores do que para os economistas. Convém escolher com cuidado os vilões. Creio que a lista tenha de começar pelos grandes sacerdotes da religião do deus mercado. Está na moda dizer que os economistas falharam sinistramente nas suas análises. Nem todos.

Indispensável é reservar um capítulo especial para os jornalistas que no Brasil deitam falação sobre economia no vídeo e nas páginas impressas. Nos últimos anos atingiram um grau de prosopopéia nunca dantes navegado. CartaCapital orgulha-se de veicular nesta edição uma sugestão de Nirlando Beirão na sua seção Estilo: que as senhoras e os senhores acima tirem longas férias. E por que não, digo eu, aposentá-los?

Há os vigários e há quem caiu em seu conto. A crise pune os crédulos com ferocidade. Sabemos de antemão que muitos entre os vendedores de fumaça sairão incólumes da monumental enrascada. Como indivíduos, ao menos. E assim caminha a humanidade. Resta o fato, contudo: mais um muro ruiu. O outro muro. Wall em língua inglesa, idioma do império.

Quando o Muro de Berlim caiu debaixo das picaretas libertadoras, há 19 anos, proclamou-se o fracasso do chamado socialismo real. Agora cai o wall nova-iorquino e se busca, em desespero, a reestruturação de um Estado forte depois da ola global das privatizações. Quem fracassa no caso? No mínimo, o capitalismo neoliberal.

Na queda de Berlim, soçobra a URSS. E na queda de Nova York? O império de Tio Sam, descalço, exibe os pés de argila. Dezenove anos atrás não faltou quem, enquanto esfregava as mãos de puro contentamento, decretasse o fim das ideologias, como se não houvesse mais espaço para as idéias. E agora, que dizer? Que o neoliberalismo foi jogada do acaso, despida do apoio de qualquer idéia? Se for assim, concluiremos que resultou de uma soberba insensatez. O que, de alguma forma, faz algum sentido. O monstro criado virou-se contra os criadores. Talvez não passassem de aprendizes de mágico: conhecem o abracadabra desencadeador, mas não sabem pôr fim à magia desastrada.

Falemos do pretenso fim da ideologia. Quem sustenta mostra seus limites. Gostaria de dizer, porém, que antes ainda da idéia vem a ética. É por aí que se abre a chance de sair da selva e escapar às suas leis. É possível o ser ético em um mundo que acentua as desigualdades? Ou aceitar a miséria, a doença, a fome, a degradação humana como coisas da vida?

Cada qual faça suas escolhas ideológicas. Para ficar no campo da economia política, que seja marxista, keynesiano, schumpeteriano etc. etc., desde que o propósito não se limite à garantia da liberdade e busque a igualdade sem o temor do anátema dos donos do poder, que o pretenderá subversivo, terrorista, comunista e por aí afora.

A liberdade sem igualdade tem valor escasso e limites escancarados. Quando, no caso do endeusamento do mercado, não se torna, automaticamente, fator decisivo da desigualdade. Em detrimento do gênero humano em peso. A lição nunca foi tão atual.

Clique aqui para ler outros artigos publicados em CartaCapital sobre o tema.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:16 18/10/2008, de Curitiba, PR


Logan superfaturado causa demissão na Romênia
A União Européia já acusou a Romênia de sofrer de ‘corrupção endêmica’. Enquanto isso, no país, o governo demite Gheorghe Popa, chefe de polícia, acusado de superfaturar 392 Dacia Logan (vendido no Brasil pela Renault). O preço de entrada do modelo na Romênia é de R$ 18 mil (6.400 euros), mas foram adquiridos por R$ 175,5 mil (58 mil euros) por Popa.

O chefe de polícia alega que os carros tiveram os preços ‘elevados’ por terem sido equipados com sistemas de navegação por GPS e de vídeo, mas, aparentemente, a história não pegou. O ministério do Interior romeno cancelou o contrato de aquisição das viaturas e denunciou Popa para o órgão anti-corrupção do país.

Fica a pergunta:
Só o burocrata vai pagar esta conta com a perda do emprego?

Se ele comprou os automóveis superfaturados é porque alguma empresa privada, seja a própria Renault/Dacia, seja uma de suas revendas, fez o superfaturamento. Alguém emitiu as notas com valores alterados. Ou será que o estado romeno, integrante da superburocratizada União Européia, paga suas compras sem exigir documentos que comprovem os valores pagos por produtos ou serviços que adquiri???

É preciso parar com a hipocrisia, aqui no Brasil e na Europa, de que a corrupção só acontece no lado da burocracia estatal. Se há um político ou um funcionário público corrupto é porque do outro lado da linha, no setor privado, há um empresário, um banqueiro, um comerciante, corruptor.

Se há um produto a venda é porque há um consumidor para comprá-lo. Se há corrupto, necessariamente deve haver o corruptor. Sem o corruptor o corrupto não existe. Se não tiver ninguém disposto a pagar, nunca haverá quem se venda. Lei da oferta e da procura. Se não há procura não haverá oferta.

Paremos com a mentira e a safadeza de dizer que todos os problemas estão no setor publico. Os demandos e roubos partem antes de mais nada do donos do capital privado que tem capital para comprar os corruptos e beneficiar-se economicamente, mamando nas tetas do estado, sugando o dinheiro público diretamente para seus cofres privados.

Esta caso da Renualt/Dacia é exemplar, afinal há mais de 15 anos a Dacia não é uma empresa estatal. É privadíssima e multinacional, pois é de propriedade da francesa Renault. Se o burocrata estatal comprou superfaturado é porque alguém no setor privado vendeu estes veículos superfaturados.

Com materiais de iCarros
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:06 18/10/2008, de Curitiba, PR


Neo-Socialliberalismo: a união da "Mão invisível" com o "Braço Forte"
Habilmente os donos do poder econômico e financeiro estão juntando o que havia de pior no neo-liberalismo e o de pior no socialismo soviético

Recentemente escrevemos aqui sobre o "novo socialismo" de Bush e companhia, mas observando atentamente os desdobramentos da crise financeira norte-americana vemos que se trata da implantação do Neo-socialliberalismo.

Isso poderá resultar num aumento brutal da concentração de renda mundial e do autoritarismo político e econômico, aceitos como naturais pelos povos do mundo diante do terrorismo midiático que nos massacra todos os dias com matérias, editoriais, comentários e reportagens sobre a gravidade da crise, o sobe e desce da bolsa e do dólar, como se fossem estes os únicos problemas de nosso planeta.

Empresas aproveitam o discurso da crise para fazer ajustes em seus quadros de funcionários e exigir mais um aperto de cintos por parte da classe Trabalhadora. Isso acontece até mesmo em países que estão desvinculados da ciranda financeira mundial, como a Argentina, largada a própria sorte pelo capital financeiro internacional depois da crise e do calote soberano em 2001-2002.

Sabe-se perfeitamente que este tipo de crise financeira tem reflexos sobre a produção, mas a lógica da economia real é mais lenta que a da ciranda financeira virtual onde perdas e ganhos são registrados segundo a segundo, on-line. A indústria, assim como demora para acelerar, demora para desacelerar, pois há o envolvimento de toda uma cadeia produtiva que vai além de um teclado de computador ou um telefone na sala de operações especulativas das bolsas de valores. Por isso os reflexos da crise financeira não são imediatos e levarão alguns meses para chegar de fato ao setor produtivo. Porém, já tem empresa demitindo hoje, dizendo que é reflexo da crise financeira norte-americana, da perda de clientes e toda a balela que ouvimos desde que o capitalismo foi inventado.

Bancos que lucram horrores, negam-se a conceder reajustes salariaias apresentando propostas que nem cobrem as perdas inflacionárias, nem recompõe o poder de compra dos Trabalhadores no setor. Aumento Real? Os banqueiros, coitadinhos, não podem dar. É a crise mundial, dizem eles...

Fato é que os caras estão se aproveitando desta crise para saquear os cofres públicos (através dos programas de ajuda elaborados pelos governos ocidentais), arrochar ainda mais os salários dos Trabalhadores, aumentar a produtividade baseada no aumento da carga de trabalho, concentrar ainda mais a renda mundial nas mãos de poucas famílias e seus grupos empresariais, vendendo a idéia de que o fazem para salvar o mundo da crise. E uma determinada revista semanal é o melhor exemplo desta safadeza burguesa.

Juntam a "Mão Invisível" de Adam Smith, com o "Braço Forte" da chamada ditadura "do proletariado" representanda pelos soviéticos como intervenção estatal na economia.

Enquanto a "Mão Invisível" dos capitalistas e financistas afana as riquezas (a poupança, aposentadorias, etc) de milhões e milhões de pessoas, o "Braço Forte" do estado interventor entra em ação para salvar uns poucos banqueiros e capitalistas que são obrigados, imaginem vocês, a vender o caviarzinho do almoço para garantir o champanhe francês a noite. Pobrezinhos...

Nos vendem esta malandragem toda como algo bom para o mundo e para a qual não há alternativas. Farão os pobres do mundo todo pagar a conta e dirão que isso é política de inclusão social.

Visam a manutenção do Status-quo?
Não, não, eles querem mais, muito mais. Querem que nós pobres sejamos socialmente responsáveis e paguemos a conta deles em nome da estabilidade mundial.
Sem dúvida, eles não abrem mão de continuar explorando a tudo e a tod@s, mas querem que contribuamos mais e mais. Isso é o Néo-Socialliberalismo, um avanço do projeto Caracu, onde eles entram com a cara (de pau) e nós entramos com o resto.

Eles nos incluem nas contas a pagar e nos excluem das recebíveis, tal como foi em todos os países autoritários do mundo, da Alemanha de Hitler aos EUA de Bush, passando pela URSS de Stálin e a China de Mao.

Não podemos esquecer que a crise norte-americana de 1929 foi um dos maiores cabos eleitorais de Hitler em 1933...

É preciso entender este momento, estudar as lições da história e barrar este absurdo que pode terminar mal, muito mal para todos os povos do mundo.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 11:53 16/10/2008, de Curitiba, PR


"Novo Socialismo": EUA socializam crise e prejuízos. Pobres pagarão a conta!!!
Quando as bolsas começaram a despencar no mundo todo, perguntávamos se os BRIC conseguiriam se safar da crise norte-americana ou iriam pagar a conta da irresponsabilidade e ganância do mercado financeiro, dos bancos norte-americanos, enfim, dos países ricos.

A pergunta que deixávamos no ar então era:

Será que os Bric (Brasil, Russia, India e China) suportarão a crise e conseguirão evitar que a mesma sirva como desculpa para mais uma brutal redistribuição de renda em favor dos irresponsáveis ricos do planeta?

A resposta vai ficando cada dia mais clara. Eles, os países ricos, estão criando o "Novo Socialismo", um socialismo avesso àquele que os Trabalhadores sempre defenderam. Os países ricos estão socializando os prejuízos fazendo com que os países pobres paguem a conta. Eles estão terceirizando a responsabilidade, já que não a tinham e, portanto, não fizeram a lição de casa que eles mesmos pregaram aos países em desenvolvimento.

Na década de 1990, os governos vassalos do Sul seguiram a risca as regras, muitos realmente arrumaram suas contas, mas isso não basta. Os ricos querem mais e mais. E habilmente valem-se do pânico e do medo internacional, especulando barbaramente nas bolsas de valores e divulgando exaustivamente os resultados negativos em seus meios de comunicação, para refazer suas contas com uma nova redistribuição de renda, fazendo com que os pobres do mundo paguem a conta da irreponsabilidade néo-liberal e do mercado financeiro desregulamentado e doente.

Alguns dos países pobres conseguiram fazer caixa, ter superávits nos últimos anos. Uns até criaram fundos soberanos para autofinanciar a expansão de suas economias e de empresas nacionais. Enquanto isso, as economias do Norte estavam praticamente estagnadas e o imperador Bush seguia torrando dinheiro a torto e a direito invadindo países e fazendo guerras "santas".

A gringolandia que já devia para o mundo todo mais de 5 trilhões de dólares no final do governo Clinton, passou a dever mais de 10 trilhões ao final de oito anos da era Bush. Eles duplicaram a dívida em 8 anos e a imprensa esconde o fato. A dívida norte-americana corresponde a 70% de tudo o que eles produzem e negociam, ou seja, impagável. Eles gastam como loucos e outros, mais loucos ainda, continuam a financiá-los!!!

Pois bem, se os ricos estão em crise e os pobre não:
- Por que não saquear as economias dos que tem dinheiro em caixa?
- Por que não usar o dinheiro dos pobres para solucionar o problema gerado pelos irresponsáveis operadores do sistema capitalista?

Esta é a regra do "Novo Socaialismo" e na entrevista coletiva do FMI nesta manhã, o francês Olivier Blanchard, economista-chefe do Fundo, parece confirmar isso. Veja a matéria de Fernando Cazian.

O mundo de joelhos

WASHINGTON - Como sempre acontece, o mercado finalmente colocou os governos de joelhos.

Numa ação coordenada e liderados pelo Fed (o banco central dos EUA), vários países cortaram as taxas básicas de juro e anunciaram planos bilionários para resgatar bancos e investidores. A tentativa é de dar liquidez ao mercado.

Nos últimos dias, apesar de todo o esforço norte-americano de cuidar de seu quintal com trilhões de dólares sendo derramados no mercado, a crise tomou proporções dantescas. Se não for contida, é natural que vaze com cada vez mais força para a economia real, produtiva, com graves conseqüências sobre empregos, salários e investimentos.

Seguindo os passos dos EUA, o Reino Unido anunciou um plano de resgate de 50 bilhões de libras. Já o Fed norte-americano começará a comprar títulos diretamente de empresas não-financeiras a fim de fornecer capital de giro para suas operações. Em 95 anos de existência, o banco central norte-americano nunca fez isso. Motivo: se a empresa quebrar, o Fed não recebe o dinheiro de volta.

Para tempos extraordinários, medidas extraordinárias. Essa parece ser a lógica, de resto imposta pelo mercado. Na Europa, a ficha demorou a cair. E a ação coordenada e profunda de hoje é um reconhecimento disso.

Em entrevista coletiva no FMI nesta manhã, o francês Olivier Blanchard, economista-chefe do Fundo, foi confrontado com a seguinte pergunta:
"De 0 a 10, quais são as chances de o mundo mergulhar em uma depressão?"

Blanchard: "Acredito sinceramente que se a resposta à crise for coordenada, e é isso o que estamos vendo agora, a chance é muito pequena". Mas acrescentou: "O problema é que os países agiram com uma certa improvisação até aqui. A Europa demorou demais. O senso de urgência foi dado pelo mercado".

Neste momento, as maiores economias do mundo lançaram as três bóias possíveis para tentar reduzir os impactos da crise sobre a economia real: forneceram liquidez ao sistema, começam a comprar os ativos "tóxicos" dos bancos e lançam planos de recapitalização dessas instituições.

Nesse mar revolto, o corte de juros eqüivale também a tentar baixar o nível da água, reduzindo o número de afogamentos entre os que não puderem ser alcançados por essas três bóias.

E o Brasil?

Para o FMI, o país será afetado, mas continuará acima da linha d'água. O Fundo prevê um crescimento de 5,2% para o Brasil neste ano e de 3,5% no próximo.

Na entrevista, perguntei os motivos e se a forte valorização do dólar não vai melar essas previsões, trazendo inflação para dentro do país via importações. E obrigando o nosso BC a ir na contramão do resto do mundo, subindo os juros.

Charles Collyns, economista do Fundo e especialista em Brasil, deu uma resposta vaga. Acha possível que o relativo desaquecimento da economia brasileira reduza a necessidade de tantas importações (que vinham crescendo a taxas muito altas), diminuindo o risco de inflação.

Mas não respondeu o essencial: por que diabos o dólar não para de subir?

O que sabemos: depois de um longo período, as contas externas do Brasil voltaram ao vermelho. Estão negativas em dólar e precisarão de financiamento, seja em dinheiro de curto prazo de investidores ou em capitais produtivos. Esse é o tipo da coisa que desapareceu do mercado, daí as intervenções de trilhões dos bancos centrais.

Embora o Brasil ainda tenha mais de US$ 200 bilhões em reservas, nós infelizmente não temos a máquina de fazer dólares do Fed.

- Para que imprimir dinheiro novo?
- Por que não enfiar a mão nesta grana do Brasil?
- Por que não se apropriar do dinheiro da Rússia, India e China e de outros tantos países em desenvolvimento?

O mercado tem sede, fome e volúpia.

Que se danem os pobres, desde que os ricos estejam satisfeitos. Essa é a máxima do "Novo Socialismo" de Bush e seus comparsas.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 13:58 08/10/2008, de Curitiba, PR


Bolivarismo coreano: Kia terá fábrica na Venezuela
A importadora oficial da Kia na Venezuela, a Distribuidora Universal, anunciou que construirá fábrica na Zona Industrial El Tigre, que fica a 130 quilômetros de Caracas. A aprovação do projeto foi feita pelo Ministério da Indústria e Comércio.

O investimento previsto é de US$ 48 milhões, para que no primeiro ano de funcionamento sejam montados cerca de 6 mil veículos e 7,2 mil no segundo. Em quatro anos a capacidade de produção da unidade deverá ser de 15,6 mil unidades/ano. A empresa não indicou a data para o início da produção.

De acordo com a agência de notícias as linhas de montagem serão preparadas para receber os modelos K-2700 e K-3000, bem como o Sportage com motores 2.0 e 2.7.

Fonte: Autodata
Enviada por SindLab, às 10:35 08/10/2008, de São Paulo, SP


Chávez defende Odebrecht
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu em Manaus a empreiteira Odebrecht, expulsa do Equador em setembro de 2008.

Chávez, durante reunião em Manaus com seus colegas de Brasil, Bolívia e Equador, elogiou os trabalhos da companhia brasileira em seu país.

"A Odebrecht é uma empresa amiga e que trabalhou extraordinariamente bem na Venezuela, tenho de fazer esse reconhecimento", afirmou o governante.

"Quando houve um golpe de Estado no meu país, a Odebrecht levou cimento do Brasil, porque tudo estava paralisado na Venezuela", lembrou Chávez.

Enviada por Sérgio Bertoni, às 16:06 06/10/2008, de Curitiba, PR


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