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Notícias(Dezembro/2007)

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Boas Festas e um 2008 Cheio de Conquistas e Vitórias
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A toda nossa Gente que luta incansavelmente desejamos
Boas Festas e um Grande 2008
Cheio de Conquistas e Vitórias

TIE-Brasil
Dezembro de 2007
Enviada por TIE-Brasil, às 10:45 22/12/2007, de Brasil


Debate Aberto: O Natal da discórdia
Bernardo Kucinski aprofunda a crítica àqueles que estão contra as obras na São Francisco, deseja um feliz 2008, e se despede respeitosamente dos leitores de Carta Maior

Minha crítica à greve de fome de Dom Luiz ofendeu leitores e constrangeu Carta Maior. A direção segurou o texto por dois dias e quando o publicou, dele se dissociou: ?Posições oficiais da Carta são assinadas por mim, Editor Chefe, pelo seu diretor-presidente, Joaquim Ernesto Palhares, ou por ambos?. Assinado: Flávio Wolf de Aguiar, Editor Chefe. Leitores em penca reclamaram indignados contra sua publicação.

Já havia sentido a rejeição de muitos leitores ao modo irônico ou à crítica ao movimento ambientalista. Desta vez, parece que mexi num vespeiro. Levei o maior cacete. De fato, meu texto chega ao limite do sarcasmo porque fiquei revoltado com a distorção de informações sobre o projeto do São Francisco. Era preciso chocar para romper o emparedamento do debate. Mesmo porque está em jogo um divisor de águas no campo progressista que vai muito além do Rio São Francisco. Apesar de fugir ao meu estilo analítico costumeiro, adotando uma retórica dramática, eu tinha a boa informação.

Gostei do novo estilo. A maioria dos leitores, não. Vários me acusaram de desqualificar o bispo em vez de discutir seus argumentos. Quando enviei o artigo à Redação, no domingo, dia 9 (com data para o dia 10), o bispo não havia explicitado seus argumentos em texto assinado. Só fez isso na Folha de S. Paulo do dia 12. Meu objetivo, que muitos leitores não captaram, era decifrar as razões da segunda greve de fome, já que, ao contrário da primeira, não a movia o motivo clássico desse gesto, que é forçar uma negociação. A partir dos pressupostos de que um governo democrático não poderia ceder à chantagem, e o bispo, como um general da Igreja, sabia disso, concluí que o Dom Luiz queria mesmo era morrer. Foi ele quem se desqualificou. Eu apenas matei a charada, como diz um dos raros leitores que me apoiaram.

Agora, que o bispo explicitou seus argumentos, é possível refutá-los. Mas antes, quero falar de minhas divergências mais gerais. A primeira é em relação ao lugar do governo Lula na nossa história. Concordo com a maioria dos leitores que o governo Lula ficou aquém do que esperávamos, em especial na fase paloccista, e continua afogado em contradições. Lula fez uma aliança estratégica com os bancos? Fez. Eu mesmo apontei isso na Carta Maior. Mas criou o Pró-Uni, o Bolsa Família, o programa Luz para Todos e o programa Quilombola; o programa de Agricultura Familiar, aumentou substancialmente o salário mínimo, dialoga com os movimentos populares; vestiu o boné do MST, o dos petroleiros e o das margaridas. Contribuiu para a o enterro da Alca e promove a integração latino-americana. Criou o Banco do Sul e a TV Pública.

Não é pouca coisa. Não sei se tudo isso ?mudará o Brasil?. Sei que não quero entrar na história como um dos linchadores de Lula e de um governo que eu ajudei a eleger. Como disse Maria da Conceição Tavares, parodiando a confusão que se estabeleceu no Chile no governo Allende: ?É um governo de merda, mas é o nosso governo de merda.?

Minha segunda divergência diz respeito à dimensão política da luta pela defesa do meio ambiente. Uma coisa é levar essa luta debaixo do tacão de um regime militar, outra coisa é no interior de um governo democrático, sensível às demandas populares e sobre o qual temos enorme influência, em especial nos aparelhos de Estado que cuidam do meio ambiente e dos programas sociais.

Divirjo também da doutrina de muitos movimentos ambientalistas. Quando fui procurado pelo Greenpeace para participar de sua fundação no Brasil, lá pelos anos 80, instintivamente recusei. Digo instintivamente porque somente há poucos meses topei com a teoria da minha recusa. Num pequeno artigo no Jornal do Brasil, Emir Sader dizia ser impossível tratar temas como a economia, sem considerar conceitos básicos da economia política, entre os quais o conceito de ?imperialismo?.

É isso. Uma coisa é uma agenda ambientalista endógena, concebida por nós, que considere nosso estágio de desenvolvimento, nossas necessidades básicas e nossa correlação interna de forças. Outra coisa é aceitar acriticamente a agenda que vem de fora. Ou não perceber que também na luta ambientalista incidem o fator de classe e o fator imperialismo. O Norte com renda per capita de 30 mil dólares pode propugnar até mesmo crescimento zero ou de emissão zero de CO2. O Sul com renda per capita de 3 mil dólares tem que se orientar necessariamente pelo conceito do desenvolvimento sustentado, aquele que preserva o meio ambiente e os recursos naturais, mas garantindo as necessidades básicas da população presente.

Uma parte do movimento ambientalista brasileiro não se orienta pelo conceito do desenvolvimento sustentado, e sim por um paradigma criado por sociedades já bem abastecidas em tudo, e que preferem atribuir ao nosso território o papel de uma gigantesca reserva florestal, indígena e de biodiversidade do planeta Terra. Não estão nem aí para as necessidades básicas da população brasileira.

Para atender essas necessidades e nos tornarmos uma sociedade minimamente civilizada, precisamos construir cinco milhões de moradias, e levar a elas água, eletricidade e esgoto. Precisamos criar pelo menos trinta milhões de empregos. Erguer dezenas de escolas, hospitais e postos do Ibama e da Polícia Federal. Implantar vastas redes de transporte de massa, metrôs, hidrovias e ferrovias, tudo isso obedecendo padrões avançados de controle ambiental.

Os números são todos grandes. Mas temos recursos para isso. Nunca se ganhou tanto dinheiro no país com as exportações. É preciso lutar por políticas públicas que aloquem esses recursos em benefício da população, Mas os ambientalistas foram tomados pela cultura do não. Nada pode ser feito e, se for grande, é ainda mais condenável. Temos uma frente nacional ?contra? os transgênicos, outra contra o projeto do São Francisco, e logo, logo teremos, se é que já não temos, a frente nacional contra as barragens, contra o uso de células-tronco e contra as estradas de integração continental. É o autismo frente às carências do povão, o fundamentalismo na luta pelo meio ambiente e o ludismo na reação contra os avanços da biotecnologia.

Deveríamos ter, isso sim, uma frente nacional pelo zoneamento agrícola, outra pelo imposto sobre a exportação de commodities, e mais outra pela atualização dos índices de produtividade agrícola (sem o que é impossível a desapropriação para fins de reforma agrária). Uma frente nacional pela ocupação ordenada da Amazônia, outra pela integração continental. Tínhamos que pressionar pela recuperação das pequenas hidrelétricas, desativadas pelo regime militar, e lutar ao mesmo tempo pela construção das de maior porte, por gerarem energia limpa, renovável e barata, a um baixo custo social.

Na oposição ao projeto da adutora do São Francisco, os traços de fundamentalismo se adensaram perigosamente quando a Igreja se meteu na história. Leiam de novo a mensagem de apoio de Leonardo Boff a Dom Luiz, enviada por um dos leitores indignados com meu artigo. O mesmo Leonardo Boff que observou dias atrás ser incorreto discutir a existência de Deus à luz da ciência, porque a fé é uma questão de imaginação e espiritualidade, agora convoca a fé para combater um projeto terreno de captação de águas de um rio. ?Acompanho com respeito e sustento com todo o coração sua decisão de doar a vida para que haja mais vida para os pobres e para o rio São Francisco... Sua opção não é a de um suicida mas de um homem livre, capaz de amar até o fim, amparado no Deus de Jesus...? E vai por aí afora, citando passagens da escritura e invocando repetidamente o nome de Deus.

Lembrei-me do segundo mandamento: ?Não invocarás o nome de Deus em vão?. E também do oitavo: ?Não levantarás falso testemunho?. Isso porque são falsos os argumentos de Dom Luiz, da CPT e da CNBB contra o projeto. Há restrições e críticas sérias ao projeto, mas as dos bispos são inconsistentes, resvalando para o demagógico.

O bispo começa pelo argumento de que Lula não tinha mandato para tocar esse projeto porque evitou discuti-lo durante a campanha eleitoral. Disso conclui que Lula governa autoritariamente, que Lula e não ele é o inimigo da democracia. ?Vivêssemos numa democracia republicana, real e substantiva, não teria que fazer o que estou fazendo?, escreve Dom Luiz. Outro bispo, Dom Tomás Balduíno, em artigo no Estadão, vai além: diz que ?quem dividiu o país, e até a Igreja, foi Lula e não Dom Luiz Cappio?.

Vamos perdoar a menção a uma ?democracia republicana? por parte de uma Igreja que se opõe ao divórcio e ao uso da camisinha. Digamos que foi um erro de digitação. Esses bispos se esquecem que depois de Lula ser eleito, a história seguiu seu curso e ele também foi reeleito, numa segunda campanha em que a prioridade dada ao projeto já era notória. E mais: o presidente recebeu votação esmagadora na reeleição exatamente nos Estados do Nordeste, onde vai se dar essa importante intervenção.

Lembro ainda que, por ordem do presidente, o ministro Ciro Gomes agendou uma rodada de discussões com Dom Luiz , como parte do acordo para acabar com sua primeira greve de fome. Mas Dom Luiz não compareceu. Foi ele que não quis discutir.

O bispo escreve e repete que 70% da água transposta vai para uso industrial, 26% para uso agrícola e 4% para a população difusa. Isso provaria que o projeto foi feito para servir grandes empreendimentos agropecuários e industriais. Mas a verdade é que as águas vão perenizar os mesmos rios e abastecer exatamente os mesmos sistemas municipais, açudes e sabespes, atualmente em operação, e que já sofrem crises periódicas de abastecimento mesmo na ausência de secas.

Não encontrei no Relatório de Impacto Ambiental (Rima) os números do bispo, por mais que procurasse. Encontrei, sim, este trecho: ?A demanda urbana das áreas que serão beneficiadas pelo empreendimento foi avaliada em aproximadamente 38 metros cúbicos por segundo no ano de 2025. Desse total, cerca de 24 metros cúbicos por segundo correspondem ao consumo humano e 14 metros cúbicos à demanda industrial?. Portanto, pelo menos em relação à proporção demanda humana-demanda industrial, o bispo está errado. Diz ainda o Rima: ?o projeto foi planejado procurando atender o maior número de pessoas possível?.

Confira em www.mi.gov.br/saofrancisco/integracao/rima.asp

A adutora não foi feita para abastecer nenhum projeto especifico de agrobusiness ou industrial; ela reforça as adutoras e açudes já existentes, dando ao Nordeste uma perspectiva de longo prazo de desenvolvimento econômico, urbano, agrícola. O bispo não menciona quais seriam esses projetos gigantes. Procurei exaustivamente e acabei encontrando a origem da desinformação: um documento da Comissão Pastoral da Terra, hoje a principal produtora de falácias contra o projeto, ao ponto de desbancar a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), que não admitia perder uma gota do rio que aciona seus geradores em Paulo Afonso.

A CPT alega que a adutora ?vai servir para a siderúrgica do Pecém, vai servir para a agroindústria do Apodi?. Ora, a siderurgia do Pecém fica próxima ao litoral, no Ceará, distante centenas de quilômetros do ramo Norte do projeto, que mal entra no Ceará, desviando-se em direção à Paraíba e ao Rio Grande do Norte, depois de reforçar o Riacho dos Porcos. Desse riacho até Pecém são centenas de quilômetros de rios que até mudam de nome e passam por açudes diversos. Não tem nada a ver com a siderúrgica, que já tem abastecimento local assegurado de 2 metros cúbicos por segundo, para um consumo de apenas 1,73 metros cúbicos por segundo.

Esses dados foram admitidos pela Agência Brasil de Fato, do MST (www.brasildefato.com.br). Como contradizem o argumento da CPT, a agência alega que, no futuro, quando outras indústrias forem atraídas pela siderúrgica, ?caso o complexo prospere, a demanda de água superará a oferta atual?. Notem o ato falho na utilização da palavra ?prospere?. Eles não querem que nada prospere. Também omitem que a siderúrgica vai produzir placas grossas, para exportação, e não as placas finas que atrairiam empresas metalúrgicas de processamento.

Mais falacioso ainda é chamar a agricultura de Apodi de agrobusiness, ao modo de um palavrão que desclassifica tudo. Apodi é uma história de sucesso e exuberância agrícola e grande diversidade de produção e formas de propriedade. Ali cresce, graças à Embrapa, a mais produtiva variedade de acerola. Ali o governo federal está implantando um projeto específico de financiamento da agricultura familiar. Ali existem seis assentamentos agrícolas e três cooperativas de produtores. Ali o governo instalou também um projeto de três minifábricas familiares para o processamento da castanha do caju, e um outro que vai beneficiar 400 pequenos produtores de mel. Um único projeto de irrigação em andamento no Apodi, com água pressurizada, vai atender a mais de 200 agricultores.

Todas essas falácias e mais algumas foram inventadas pela CPT depois que se desmoralizou o argumento principal anterior de que a adutora ia secar o Rio São Francisco. Ocorre que, em julho de 2004, depois de intensos debates técnicos, o governo inverteu a lógica do antigo projeto pelo qual as águas do São Francisco seriam transpostas para os sistemas do semi-árido sempre que seus açudes estivessem baixos, sem levar em conta o nível da represa de Sobradinho. Ficou decidido que será retirada uma quantidade mínima para garantir o consumo humano, e só quando Sobradinho tiver excesso de água, a captação será maior. Na sua nova formulação são retirados 26,4 metros cúbicos por segundo, cerca de 1% da vazão no local da captação, e somente quando Sobradinho estiver vertendo, ou seja, botando fora excesso de água, a captação pode aumentar, mesmo assim até o limite de 87,9 metros cúbicos. O Rima estima que, na média anual, a perda do rio vai ficar em 65 metros cúbicos por segundo.

Mas no sertão beneficiado o ganho é muito maior porque, ao eliminar a insegurança, a adutora diminui a necessidade de armazenamento dos açudes existentes, reduzindo as perdas por evaporação de seus espelhos de água em 22,5 metros cúbicos por segundo. É um efeito de ?sinergismo, que, segundo o Rima, nunca existiu antes em projetos de adutoras. Por tudo isso, a nota técnica 492 da Agência Nacional de Águas (ANA), de setembro de 2004, avalizou o projeto (www.ana.gov.br). Um ano depois a ANA concedeu ao Ministério da Integração a outorga definitiva para o uso dessas quantidades, através das resoluções 411 e 412. Está tudo na internet. Aliás, o portal do Ministério do Meio Ambiente, que abriga a maioria dessas informações, é muito abrangente.

Sem o argumento de que o rio vai secar, os padres passaram a argumentar que há um outro projeto, o Átlas do Nordeste, elaborado pela ANA, mais barato, custando apenas R$ 3,6 bilhões, metade do custo do São Francisco, e beneficiando três vezes mais gente, 44 milhões. É tudo falso, no atacado e no varejo. Ou um ?equívoco?, como diz educadamente o presidente da ANA, José Machado: ?Em primeiro lugar o Átlas não pode ser considerado um programa ou projeto. É, na verdade, um portfólio de eficientes soluções técnicas para serem eventualmente financiadas. Não visou equacionar o problema da segurança hídrica do Nordeste, uma vez que não se tratou do atendimento de usos múltiplos da água, como a produção de alimentos e irrigação. Também não foi considerado o abastecimento das sedes municipais com menos de cinco mil habitantes, dos distritos, vilas e núcleos rurais. Por outro lado, o projeto de Integração do São Francisco com as bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF) é um projeto de desenvolvimento regional com perspectiva de conseguir benefícios que se estendam para além de 2025. O Átlas e o PISF são, pois, iniciativas distintas, em sua gênese, seus objetivos e em sua área de abrangência. Não são conflitantes?.

Apenas um quinto dessas soluções técnicas já tinha projetos, mesmo assim abandonados. O Átlas é um mapeamento do que prefeitos deveriam ter feito e não fizeram. Mostra que é assustador o número de municípios com mais de cinco mil habitantes em situação crítica de abastecimento de água: 90% deles em Alagoas, 81% no Ceará, 65% no Rio Grande do Norte e assim por diante. O motivo é simples: é o controle da maioria dessas prefeituras por grupos locais de interesse, fazendeiros e forças conservadores ou prefeitos corruptos. Além disso, abarca apenas metade dos 2116 municípios dos dez Estados analisados, os que têm mais de cinco mil habitantes. Portanto, é o oposto do argumento dos bispos, de que suas soluções atendem aos pequenos, enquanto a transposição atende aos grandes. É falso também que beneficiariam 44 milhões de habitantes. Essa é população total da região e não a população específica dos municípios mapeados.

Outro argumento falacioso é o de que o governo preferiu o grande para favorecer as empreiteiras e, por isso, abandonou o projeto das cisternas. Trata-se da falácia da falsa premissa. Não é verdade que o governo preteriu o projeto das cisternas. O governo apoiou com entusiasmo desde o início a proposta da Articulação do Semi-árido, que reúne 700 ONGs, incluindo-a no seu programa de Combate à Fome. Foi criada uma entidade especial para gerir o programa, que recebe recursos do governo e de empresas privadas. Lula inaugurou a primeira cisterna, justamente para dar força ao projeto. Trata-se de um projeto sofisticado, em que os moradores mesmo constroem as cisternas, recebendo treinamento e suporte de uma rede de ONGs. Quando as ONGs, para as quais foram repassados os recursos, se revelaram vagarosas demais, o governo entrou de sola para acelerar o programa, e no último mês de julho o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome lançou o edital 13/07, oferecendo mais R$ 10 milhões a entidades que queiram entrar no programa. A meta de construir um milhão de cisternas está em pé. Já foram construídas 220 mil. Cada cisterna consegue armazenar pelo menos 10.500 litros de água, o suficiente para necessidades básicas de uma família de cinco pessoas. Mas não o bastante para uso agrícola, mesmo no caso da agricultura de subsistência. As cisternas são a solução para água de beber, de banho, de cozinhar e lavar em residências isoladas, esparsas, na área rural, onde os sistemas municipais de abastecimento não chegam. Não podem ser construídas nas cidades. Um projeto complementa de forma ideal o outro.

Nos últimos documentos da CNBB, em textos de Frei Betto, de Leonardo Boff e outros, surgiu um novo argumento, o de que o projeto ?não vai levar água aos índios e quilombolas?. Tanto quilombos quanto aldeamentos indígenas por definição se situam em regiões isoladas, mas com boa oferta de água. Foram os locais onde se fixaram, fugindo dos bandeirantes assassinos e capitães de mato. A esses locais o Luz para Todos está levando eletricidade, que não havia. Mas água já tem.

Os padres também alegam que o projeto é pleno de ilegalidades. É bem o contrário. Seus opositores é que vêm se valendo de truques legalísticos, para obstar projetos que passaram por todos os crivos técnicos das agências reguladoras e todos as votações de comitês de bacias. Entram na Justiça com pedidos de liminares, sabendo que justiça vai demorar anos para entrar no mérito. Sempre que o mérito é julgado, o projeto é aprovado. Além disso, ambientalistas têm impedido o fechamento de atas de audiências públicas à força. Várias das audiências do São Francisco foram interrompidas à força. Eu pergunto: de que lado está o autoritarismo?

Termino perguntando: será que, por trás dessa campanha contra a adutora do São Francisco, não está o ressentimento pela perda do rebanho dos pobres, que hoje tem um cartão Bolsa Família? Ou dos pobres que se libertariam da opressão da falta de água no Nordeste? Ou será que estamos testemunhando o enquadramento da Igreja de Libertação na encíclica Spe Salvi , lançada pelo papa e ex-corregedor da fé, Ratzinger, o mesmo que pediu a expulsão de Leonardo Boff da Igreja? Essa encíclica reafirma a renúncia à libertação terrena em nome de uma salvação na dor e na morte. Além de lembrar vivamente a tragédia de Dom Luiz, é imobilista e reacionária. Deixa o campo da história para as forças conservadoras deitarem e rolarem, impedindo a Igreja de Libertação de disputá-lo com um projeto secular de transformação social.

Bernardo Kucinski, jornalista e professor da Universidade de São Paulo, é colaborador da Carta Maior e autor, entre outros, de ?A síndrome da antena parabólica: ética no jornalismo brasileiro? (1996) e ?As Cartas Ácidas da campanha de Lula de 1998? (2000).

Fonte: Agência Carta Maior
Enviada por Almir Américo, às 21:46 20/12/2007, de São Paulo, SP


Na polêmica do velho Chico e da seca nordestina
Sem querer simplificar as coisas que não são simples, acho que a polêmica sobre a integração das Bacias não resiste a um debate aberto, à luz da racionalidade...

O Ciro Gomes escreveu a carta abaixo para a adorável Letícia Sabatella. Ela merece essa atenção.

Almir Américo

Carta a Letícia Sabatella

Letícia, ando meio quieto por estes tempos, mas, ao ver você visitando o bispo em greve de fome no interior da Bahia, pensei que você deveria considerar algumas informações e reflexões. Poderia começar lhe falando de República, democracia, personalismo, messianismo...

Mas, sendo você a pessoa especial que é, desnecessário. O projeto de integração de bacias do Rio São Francisco aos rios secos do Nordeste setentrional atingiu, depois de muitos debates e alguns aperfeiçoamentos, uma forma em que é possível afirmar que, ao beneficiar 12 milhões de pessoas da região mais pobre do país, não prejudicará rigorosamente nenhuma pessoa, qualquer que seja o ponto de vista que se queira considerar.

Séria e bem intencionada como você é, Letícia, além de grande artista, peçolhe paciência para ler os seguintes números: o Rio São Francisco tem uma vazão média de 3.850 metros cúbicos por SEGUNDO (!) e sua vazão mínima é de 1.850 metros cúbicos por SEGUNDO (!). Isto mesmo, a cada segundo de relógio, o Rio despeja no mar este imenso volume de água.

O projeto de integração de bacia, equivocadamente chamado de transposição, pretende retirar do Rio no máximo 63 metros cúbicos por segundo.

Na verdade, só se retirará este volume se o rio estiver botando uma cheia, o que acontece numa média de cada cinco anos. Este pequeno volume é suficiente para garantia do abastecimento humano de 12 milhões de pessoas.

O rio tem sido agredido há 500 anos.

Só agora começou o programa de sua revitalização, e é o único rio brasileiro com um programa como este graças ao pacto político necessário para viabilizar o projeto de integração.

No semiárido do Nordeste setentrional, onde fui criado, a disponibilidade segura de água hoje é de apenas cerca de 550 metros cúbicos por pessoa, por ANO (!). E a sustentabilidade da vida humana pelos padrões da ONU é de que cada ser humano precisa de, no mínimo, 1.500 metros cúbicos de água por ano. Nosso povo lá, portanto, dispõe de apenas um terço da quantidade de água mínima necessária para sobreviver.

Não por acaso, creia, Letícia, é nesta região o endereço de origem de milhões de famílias partidas pela migração.

Converse com os garçons, serventes de pedreiros ou com a maioria dos favelados do Rio e de São Paulo. Eles lhe darão testemunhos muito mais comoventes que o meu.

Tudo que estou lhe dizendo foi apurado em 4 anos de debates populares e discussões técnicas. Só na CNBB fui duas vezes debater o projeto. Apesar de convidado especialmente, o bispo Cappio não foi. Noutro debate por ele solicitado, depois da primeira greve de fome, no palácio do Planalto, ele também não foi. E, numa audiência com o presidente Lula, ele foi, mas disse ao presidente, depois de eu ter apresentado o projeto por mais de uma hora (ele calado o tempo inteiro), que não estava interessado em discutir o projeto, mas "um plano completo para o semiárido".

As coisas em relação a este assunto estão assim: muitos milhões de pessoas no semiárido (vá lá ver agora o auge da estiagem) desejam ardorosamente este projeto,esperam por ele há séculos. Alguns poucos milhões concentrados nos estados ribeirinhos ao Rio não o querem. A maioria de muitos milhões de brasileiros fora da região está entre a perplexidade e a desinformação pura e simples. Como se deve proceder numa democracia republicana num caso como este? O conflito de interesses é inerente a uma sociedade tão brutalmente desigual quanto a nossa. Só o amor aos ritos democráticos, a compaixão genuína para entender e respeitar as demandas de todos e procurar equacioná-las com inteligência, respeito, tolerância, diálogo e respeito às instituições coletivas nos salvarão da selvageria que já é grande demais entre nós.

Por mais nobres que sejam seus motivos - e são, no mínimo, equivocados -, o bispo Cappio não tem direito de fazer a Nação de refém de sua ameaça de suicídio. Qualquer vida é preciosa demais para ser usada como termo autoritário, personalista e messiânico de constrangimento à República e a suas legítimas instituições.

Proponho a você, se posso, Letícia: vá ao bispo Cappio, rogue a ele que suspenda seu ato unilateral e que venha, ou mande aquele que lhe aconselha no assunto, fazer um debate num local público do Rio ou de São Paulo.

Imagine se um bispo a favor do projeto resolver entrar em greve de fome exigindo a pronta realização do projeto.

Quem nós escolheríamos para morrer? Isto evidencia a necessidade urgente deste debate fraterno e respeitoso.

Manda um abraço para os extraordinários e queridos Osmar Prado e Wagner Moura e, por favor, partilhe com eles esta cartinha. Patrícia tem meus telefones.

Um beijo fraterno do Ciro Gomes
Enviada por Almir Américo, às 12:27 20/12/2007, de São Paulo, SP


Brasil: massa salarial sobe 30% em 3 anos!
Cerca de 4 bilhões de reais a mais estarão circulando na economia brasileira neste final de 2007 graças ao aumento da massa salarial no setor formal da economia.

Os trabalhadores formais ganham hoje 30% a mais que em 2004.

Em 2005 e 2006 o aumento da massa salarial se deu graças a recuperação do salarial mínimo e teve forte impacto nas regiões Norte e Nordeste que apresentaram, respectivamente, aumentos de 28% e 30%, enquanto Centro-Oeste e Sudeste ficaram com 26% e 18%. Já em 2007 o aumento se deu nas regiões industrializadas devido a recuperação do emprego industrial e a necessidade de mão-de-obra qualificada. No Sudeste, por exemplo, o emprego cresceu 7,8% em 2007, enquanto que no Nordeste o crescimento foi de 4,8%.

Os resultados indicam que as políticas de redistribuição de renda e formalização do emprego, ainda que tímidas e aquém dos desejos da maioria dos brasileiros, começam a dar resultados, aumentando a capacidade de consumo da população mais pobre e gerando a necessidade de uma expansão produtiva, o que vem ocorrendo gradualmente.

Quem terceiriza a produção, precariza o Trabalho e aposta na informalidade em nome de uma redução de custos está na verdade prejudicando o país e toda a população. Além disso, eles acabam dando um tiro no próprio pé, pois quanto mais precário e informal for o Trabalho menor será a capacidade de consumo da população, o que acaba levando a uma retração econômica...

PIB crescerá entre 4,9% e 5,1% em 2007

O Produto Interno Bruto brasileiro deverá crescer algo em torno de 4,9% e 5,1% neste ano de 2007. Qualquer que seja o resultado, ainda deverá ser menor que o crescimento de 2004 quando o país registrou um crescimento de 5,7%.

Então, ainda não está bom, certo?

Não é bem assim. A diferença agora é que o crescimento em torno de 5% se dá em cima de um crescimento acumulado de 12,8% nos três anos anteriores (2004,2005,2006), enquanto que em 2004 cresceu-se 5,7% em cima de uma expansão de 5,2% no triênio anterior (2001,2002, 2003).

O atual crescimento gera uma sensação melhor que a de 2004 também porque a expansão se dá a partir do crescimento do mercado interno, enquanto que em 2004 estava baseada no crescimento das exportações. Espera-se que consumo das fammílias cresça 6,5% em 2007, enquanto que em 2004 este aumento foi de 3,8%.

No Natal de 2007 teremos muito mais a comemorar!!!
Enviada por Sérgio Bertoni, às 07:22 10/12/2007, de Curitiba, PR


Russia: Ford reabre negociações, mas greve continua
A greve dos Trabalhadores na Ford está para entrar em sua quarta semana

A empresa voltou às negociações e ofereceu um reajuste de 11%, que não chega nem a cobrir a inflação dos últimos 12 meses de 11,5%. Os Trabalhadores rejeitaram a proposta.

Uma empresa vizinha ofereceu a seus Trabalhadores aumento de 20% a partir de 01 de janeiro de 2008, mesmo sem eles o terem reivindicado. Tal era o medo que eles também paralisassem a produção.

Vários sindicatos nacionais e internacionais estão enviando suas contribuições em dinheiro para ajudar os grevistas e seu Fundo de Greve.

Todo apoio neste momento é pouco. A vitória dos companheiros russos pode ser um passo decisivo nas negociações entre a transnacional americana e os sindicatos de vários países. A derrota dos russos seria uma derrota de toda a classe trabalhadora, onde quer que eles esteja vivendo e trabalhando.

Tendo claro que a Ford experimenta na Rússia uma nova forma de relações trabalhistas. metalúrgicos que trabalham na Ford no mundo inteiro, valendo-se das novas tecnologias como Internet e Telefonia VoIP (voz sobre protocolo de internet), mantém contato diário com os grevistas e buscam passar-lhes a experiência acumulada em outros países.

Na última sexta-feira um alto diretor da filial russa da Ford viajou às pressas a Europa alegando problemas de saúde. Desconfia-se que ele foi chamado a sede da Ford Europa para prestar contas do que está fazendo e porque ainda não solucionou o problema.

Há um clima de apreensão na fábrica e ninguém pode afirmar com certeza qual será a próxima bomba que a empresa jogará no colo dos grevistas...
Enviada por Sergio Bertoni, às 21:43 09/12/2007, de Curitiba, PR


Brasileiros estão poupando mais
Segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central os depósitos em cadernetas de poupança apresentaram em novembro de 2007 um volume superior ao das retiradas gerando novo recorde para o investimento mais tradicional do país.

No ano, a chamada captação líquida (diferença entre o total depositado e as retiradas) é de R$ 24,244 bilhões, enquanto que em todo o ano de 2006 foi de apenas R$ 6,47 bilhões.

Novembro de 2007 é o 15º mês de captação líquida positiva.

Para se ter uma idéia, o recorde de captação líquida anterior pertencia a 1997. Há 10 anos os depósitos superaram as retiradas em R$ 13,189 bilhões.

Emprego formal, aumento de massa salarial e poupança

O principal fator (do aumento da poupança) é o crescimento da massa salarial. E a massa salarial cresce porque mais e mais pessoas estão entrando no mercado de trabalho formal.

Os depósitos em cadernetas de poupança são uma das principais fontes de financiamento para a compra da casa própria, ou seja, maiores depósitos significam mais crédito para o setor habitacional.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 20:29 07/12/2007, de Curitiba, PR


TIE-Brasil divulga calendário de atividades em 2008
Nesta quarta-feira TIE-Brasil tornou público em sua página web seu calendário de atividades em 2008. Clique aqui para vê-lo.

As atividades de TIE-Brasil estão divididas de acordo com os eixos de trabalho do PLA - Projeto Latino-Americano, ou seja,
- Produção Coletiva de Conhecimento,
- Coordenaçãso Regional e Construção de Redes,
- Precarização do Trabalho e da Vida e
- Saúde dos Trabalhadores

assim como seguem as linhas estratégicas determinadas pelos membros de seu Conselho Consultivo em agosto de 2007.

Em 2008 TIE-Brasil dará início a um novo Curso de Formação Contínua sobre Mapeamento Comparativo, onde além da formação de formadores fará o acompanhamento da aplicação prática desta ferramenta de ação sindical no local de trabalho.

Novos temas, como Tecnologias da Informação, Comunicação e Controle; TV Digital; Agroenergia; Concepção Sindical; Novas Formas de Organização Política e Sindical, Sindicalismo e Software Livre, também estarão presentes nos debates, publicações e atividades promovidas por TIE-Brasil em 2008.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 16:50 06/12/2007, de Curitiba, PR


LG Taubaté: sindicato conquista a reintegração de trabalhadores e sindicalistas
A greve dos trabalhadores na LG Electronics de Taubaté garantiu a reintegração de 54 Trabalhadores de base e de 12 membros do Comitê Sindical de Empresa - CSE

A empresa havia demitido 102 Trabalhadores e dirigentes sindicais por causa da greve iniciada contra demissões de trabalhadores e pela estrutura de cargos e salários. 34 demissões foram transformadas em desligamento voluntário porque os Trabalhadores já haviam encontrado emprego em outras empresas da região, inclusive com salários melhores que os pagos na LG.

Depois de dois dias de greve a LG reconheceu o CSE, garantiu a estabilidade por 5 anos para todos os integrantes do Comitê e ainda concordou em liberá-los de seus postos de Trabalho durante 1 hora por dia para que possam realizar suas atividades sindicais dentro da fábrica.

O Sindicato recebeu o apoio de parlamentares como o deputado federal Vicentinho e do deputado estadual Carlinhos de Almeida, ambos do PT, da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), da FEM/CUT-SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) e de TIE (Transnationals Information Exchange).

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Isaac do Carmo, a mobilização dos trabalhadores durante os dois dias de greve foram fundamentais para que não só a pauta de reivindicações fosse conquistada, mas também a reintegração dos dirigentes sindicais. Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté
Enviada por Sérgio Bertoni, às 16:12 06/12/2007, de Curitiba, PR


LG demite 12 membros do Comitê Sindical e 60 trabalhadores de base
Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté repudia LG por demitir todos os membros do CSE e 60 trabalhadores de base

O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté denuncia a atitude truculenta da empresa LG Electronics que demitiu, por meio de telegrama, na tarde desta terça-feira, os 12 dirigentes do CSE (Comitê Sindical de Empresa) dos trabalhadores na LG.

Esta é uma atitude de retaliação ao movimento de greve, iniciado na manhã desta terça-feira, 4. A primeira dirigente a receber o telegrama foi a dirigente Nádia Ferreira da Silva.

De acordo com Nádia, 'quem recebeu o telegrama foi meu marido, eu estava na porta da empresa mobilizada junto aos trabalhadores e é onde nós permaneceremos até que as reivindicações dos trabalhadores na LG sejam consideradas'.

Segundo o presidente do Sindicato, Isaac do Carmo, 'a atitude da empresa trata-se de uma prática anti-sindical que demonstra qual o tipo de relação que a empresa quer manter com os dirigentes sindicais e também com os trabalhadores'.

'A LG sempre manteve esta prática ao longo de sua história da cidade de Taubaté', afirmou Isaac.

A greve foi aprovada pelos trabalhadores em assembléia. Os trabalhadores reivindicam a implantação de uma estrutura salarial que resolva a questão das distorções dos salários dos trabalhadores.

A pauta de reivindicações dos trabalhadores também envolve outros pontos como contrato de trabalho temporário (agência de emprego), e terceirizações que a empresa tem realizado nos últimos anos.

A greve também foi motivada pela postura intransigente da empresa em demitir 60 funcionários na manhã desta segunda-feira, 10, uma hora antes de iniciar uma negociação agendada com a direção do Sindicato.

Para o dirigente do CSE na LG Fábio de Godoy, 'lamentamos a atitude da empresa e com certeza este nunca foi o caminho que o Sindicato buscou, sempre buscamos o caminho da negociação para garantir os direitos dos trabalhadores'.

'O Sindicato e as representações dos trabalhadores não se intimidarão com essa postura da LG Electronics de tentar desmobilizar os trabalhadores com ameaças e perseguições utilizando-se de demissões arbitrárias', afirmou Fábio.

A LG Electronics de Taubaté tem cerca de 1.900 funcionários e produz monitores e aparelhos de telefone celular.

Todo apoio e solidariedade à greve dos metalúrgicos da LG em Taubaté!!!

A Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT/SP (FEM-CUT/SP) manifesta repúdio à prática anti-sindical e truculenta da empresa LG Electonics em Taubaté que demitiu de forma sumária na terça-feira (4/12) 60 trabalhadores e 12 dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté membros do Comitê Sindical de empresa.

As demissões iniciariam logo após os trabalhadores aprovarem uma paralisação, que é um direito legítimo e democrático, por tempo indeterminado. A razão é que a LG se recusa em atender e negociar às reivindicações da categoria que tem sido prejudicada pela ausência de plano de cargos e salários. Além disso, a LG continua mantendo contratações em regime temporário e terceirizado - fato que só tem agravado a precariedade nas condições de trabalho na fábrica.

Ao invés de abrir um canal de negociação com os trabalhadores, a LG tem assumido uma postura autoritária e anti-democrática ao desmarcar em cima da hora uma reunião proposta pelo Sindicato.

É importante que todos nós possamos prestar todo o apoio e solidariedade à luta dos trabalhadores e trabalhadoras, que estão passando por um momento tenso. Orientamos os nossos sindicatos filiados a participar da assembléia geral convocada pelo Sindicato de Taubaté que será, nesta quarta-feira, dia 5 dezembro, às 6h30, em frente à fábrica, bem como de outras atividades que serão realizadas.

Mais uma vez, reforçamos que não são com medidas arbitrárias que os conflitos na relação CapitalXTrabalho serão resolvidos, mas sim com diálogo e negociação.

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) também repudia as ações arbitrárias da LG, manifesta o apoio irrestrito e está disposta a colaborar com o sindicato e os trabalhadores de Taubaté.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e FEM/CUT-SP
Enviada por SindLab, às 06:53 06/12/2007, de São Paulo, SP


Viva a competência tucana: SP detona com a educação no país
Depois de 12 anos ininterruptos de controle tucano em SP, a tão badalada competência tucana mostra sua verdadeira cara

Com 20% dos alunos do País, o Estado apresentou notas piores em ciências e leitura, puxando para baixo o resultado nacional, diz estudo.

Estado mais rico do país, São Paulo não consegue relfetir sua pujança econômica (30,9% do PIB nacional) na Educação. Os resultados do Programa Internacional de Avaliação por Aluno de 2006 mostram SP com médias piores que as nacionais em leitura e ciências e igual à média nacional em matemática.

Enquanto isso Sergipe, governado pelo petista Marcelo Déda, produz apenas 0,7% do PIB nacional, mas mostrou melhor desempenho na educação que o gigante bandeirante, governado pelos tucanos. Em ciências Sergipe obteve 402 pontos contra 385 de SP. Em matemática 385 contra 370 e em leitura 408 contra 392.

Sem dúvida isso mostra a competência tucana. Onde eles colocam toda sua "capacidade administrativa" falta qualidade, sobra empresas privadas e destruição do patrimônio público. Para detonar tanto assim é preciso ser muito competente mesmo. É expertise que não acaba mais...

Quem sabe um dia o Brasil se toca do mal que os tucanos fazem ao Brasil.

O ministério da Educação, a exemplo do que faz o da Saúde na campanha anti-tabagismo, poderia criar uma campanha nacional "O tucanato faz mal a educação".

O estudo deixa bem claro que o problema da educação no Brasil não é só de verbas, mas principalmente uma questão de vontade política e aplicação correta dos parcos recursos que os estados dispõem. É também um problema de concepção de país. Os tucanos apostam na colonização total do Brasil e quanto mais ignorante for o povo, mais fácil é fazer falcatruas e dilapidar o patrimônio nacional.
Enviada por Sérgio Bertoni, às 12:52 05/12/2007, de Curitiba, PR


Centrais promovem a 4ª Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília nesta quarta-feira
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A 4ª Marcha da Classe Trabalhadora ocupa Brasília amanhã, reivindicando redução da jornada de trabalho para 40 horas e fortalecimento da seguridade social e das políticas públicas. A CNM/CUT marca presença com metalúrgicos vindos de todo o país.

Cerca de 50 mil trabalhadores são esperados em Brasília para a 4ª marcha, que leva na pauta a redução da jornada de trabalho para 40 horas, mais e melhores empregos e o fortalecimento da seguridade social e das políticas públicas.

Primeiro, em caminhada, os manifestantes vão realizar atos em frente aos Ministérios da Saúde, do Trabalho e da Previdência. Em seguida, o pessoal se dirige ao Congresso, onde haverá novo ato político.

A 4ª Marcha a Brasília está sendo promovida pelas centrais sindicais, que querem:

- redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e limitação das horas extras, o que vai gerar mais de 2 milhões de novos postos de trabalho.

- mais e melhores empregos através da reestruturação do mercado de trabalho, ainda marcado por altas taxas de informalidade e salários baixos.

- defesa da Seguridade Social e seu papel constitucional, com fortalecimento das políticas públicas.

Com a marcha, as centrais querem o estabelecimento de uma agenda de desenvolvimento, por parte do Executivo e Legislativo, que priorize a distribuição de renda e a valorização dos trabalhadores.

Nos três anos anteriores, as marchas também foram realizadas em dezembro e resultaram nos maiores reajustes do salário mínimo em duas décadas e na correção da tabela do Imposto de Renda.

Confira a programação da 4ª Marcha da Classe Trabalhadora

5 de dezembro de 2007

7h - Chegada das delegações e concentração no Estacionamento do Estádio Mané Garrincha

10h - Início da Marcha rumo à Esplanada dos Ministérios
Parada em frente ao Ministério da Previdência e Trabalho
Parada em frente ao Ministério da Saúde
Marcha até o Congresso Nacional

13h - Ato Político em frente ao Congresso Nacional

Fontes: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e CUT
Enviada por SindLab, às 09:46 05/12/2007, de São Paulo, SP


O álibi Chávez
Do Blog de Luis Nassif

Alguns leitores manifestam espanto com a importância dada, pela imprensa brasileira, aos movimentos da Venezuela. O que temos a ver com isso, é a pergunta?

A rigor, muito pouco. A Venezuela é um país soberano para resolver seus problemas. Sendo ditadura ou democracia - como tantas outras que vicejaram no continente - o Brasil não vai se intrometer, como não se intrometeu com a Bolívia de Banzer e o Peru de Fujimori.

Então porque esse alarido todo?

Porque Hugo Chávez foi utilizado, desde o começo, para criar, internamente, a assombração que, por mais que se tentasse, Lula não encarnou. A idéia da ameaça às instituições, continuamente brandida por esses setores da mídia - liderados por FHC -, não conseguia colar na figura de Lula.

Ora, presidentes da República têm responsabilidades institucionais, especialmente no campo das relações exteriores. Forçava-se Lula a condenar o presidente de uma nação vizinha, para "provar" que não iria pelo mesmo caminho.

Cada palavra de Lula, que não fosse de condenação explícita a Chávez, provocava uma atoarda de insinuações. Qualquer tentativa de se abrir espaço para o pensamento desenvolvimentista na mesma hora provocava a reação através do "álibi Chávez".

A ponto do plebiscito venezuelano ser acompanhado, por aqui, como se fosse um Fla-Flu. E a derrota da mudança constitucional saudada como se fosse a salvação da democracia no Continente.

É curioso como esse clima de guerra fria, esse dirieitismo embolorado, conseguiu se infiltrar pela grande mídia, a ponto de contaminar colunistas de bom nível. O banheiro, que era restrito a alguns blogs de esgoto, foi colocado na sala de visitas.
Enviada por Almir Américo, às 17:06 04/12/2007, de São Paulo, SP


Não à precarização: Sindicato acaba com os PJs na planta da Mercedes em São Bernardo
Depois de debater o tema por mais de 1 ano, a Comissão de Fábrica (CF) e o sindicato entraram em acordo com a direção da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo para a contratação efetiva dos PJ's que trabalhavam para empresas terceirizadas dentro da montadora.

Segundo Walter Souza, coordenador da Comissão de Fábrica da Daimler ABC, foi realizado um mapeamento com trabalhadores na portaria da fábrica, e com isso foram identificados uma série de trabalhadores que atuavam como pessoa jurídica (PJ's) nas empresas terceirizadas que prestam serviço à companhia. 'Esses funcionários eram contratados pela empresa sem nenhum acompanhamento ou acordo prévio com o sindicato', disse.

Desde o começo de 2007 que a Comissão de Fábrica já trabalhava para acabar com PJ's na empresa, até que na última segunda-feira (26) entraram em acordo com a empresa, que poderá contar com, no máximo 0,2% de prestadores de serviços atuando como PJ. Ainda assim, para que isso aconteça é preciso a aprovação da alta direção da Daimler, da Comissão de Fábrica e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Outra conquista importante da CF na Daimler foi o acordo com uma empresa que presta serviço na área de engenharia para a montadora. Até abril de 2008, todos os funcionários que são PJ's deverão ser contratados com carteira assinada. 'Conseguimos uma regulamentação para esse tipo de contrato que de agora em diante, beneficiará muito os trabalhadores terceirizados que atuam na nossa planta', complementou Souza.

Valter Bittencourt - Imprensa CNM/CUT
Enviada por SindLab, às 15:34 04/12/2007, de São Paulo, SP


Trabalhadores da LG Electronics de Taubaté entram em greve por tempo indeterminado
Clique aqui para ampliar a foto
Os trabalhadores da LG Electronics de Taubaté entraram em greve por tempo indeterminado na manhã desta terça-feira

Os trabalhadores reivindicam a implantação de uma estrutura salarial que resolva a questão das distorções dos salários dos trabalhadores.

A greve também foi motivada pela postura intransigente da empresa em demitir 60 funcionários na manhã de segunda-feira.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (filiado a CUT), Isaac do Carmo, ?trata-se de uma atitude arbitraria da direção da empresa com o objetivo de desmobilizar o Comitê Sindical de Empresa da LG. Não vamos aceitar este tipo de postura e tal atitude não vai conseguir enfraquecer a organização dos trabalhadores?.

A pauta dos trabalhadores também envolve outros pontos como contrato de trabalho temporário (agência de emprego), e terceirizações que a empresa tem realizado nos últimos anos.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (filiado a CUT), Isaac do Carmo, o Sindicato vem negociando a mais de um ano esses dois pontos de pauta com a LG, sem que uma solução fosse encontrada.

Ainda segundo Isaac, o Comitê Sindical de Empresa juntamente com toda Direção do Sindicato tem buscado mesmo antes do dia 20 de novembro quando assumiu oficialmente o CSE resolver junto à direção da LG os problemas internos baseado sempre na negociação.

?Os trabalhadores não tiveram outra opção a não ser partir para a mobilização, para que a empresa negocie estas reivindicações e a greve reflete nada mais que a insatisfação do trabalhador com a empresa?, disse o presidente do Sindicato.

Desde a eleição dos integrantes do Comitê Sindical de Empresa (CSE) na LG Electronics foram realizadas reuniões com a empresa nos dias 1º, 10 e 17 de outubro, quando foi entregue uma proposta de estrutura de cargos e salários.

Infelizmente a empresa não se pronunciou oficialmente sobre a proposta e ainda desmarcou uma das negociações agendadas.

A LG Electronics de Taubaté tem cerca de 1.900 funcionários e produz monitores e aparelhos de telefone celular.

A greve continua por tempo indeterminado, até que a empresa negocie as reivindicações dos trabalhadores.

Contatos:
Isaac do Carmo - Presidente do Sindicato (12) 9744-2267
Fábio de Godoy ? Diretor de Base da LG (12) 9146-5888

Gabriela Benvenuto ? Assessora de Imprensa (12) 91287813
Emerson Pereira Pires ? Jornalista (12) 9176-3332
Departamento de Comunicação e Imprensa do Sindicato ? (12) 2123-4340
Enviada por SinMeTau, às 13:59 04/12/2007, de Taubaté, SP


Referendo, Chávez, FHC e os jornalões
Chávez perde e aceita o resultado do referendo.

Fernando Henrique Cardoso não fez o referendo, em compensação, para conseguir o segundo mandato comprou os votos dos parlamentares.

Como se sabe, o comandante é um caudilho, o príncipe dos sociólogos, um democrata autêntico.

Ainda bem que os editoriais e as reportagens dos jornalões nos iluminam. Contam a verdade, a única e definitiva VERDADE.

enviada por mino carta
Enviada por Almir Américo, às 08:49 04/12/2007, de São Paulo, SP


Entre anjos e demônios, a direita e sua mídia seguem escrotas
Não podemos esquecer de que a tese da direita propagandeada aos berros pela mídia internacional é a de que na Venezuela não há Democracia.

E agora?

Chávez convocou o referendo, baseado nas leis de seu país. A eleição foi limpa de acordo com os observadores. Aliás, o sistema eleitoral venezuelano está mais aprimorado que o brasileiro: urna eletrônica, com recibo para correção e check-up por amostragem. E a oposição ganhou, por pouco, e levou!

Quem foram os derrotados?

Chávez perdeu o pleito e a direita perdeu a tese extremista.

A Venezuela está dividida, e essa é a grande tragédia venezuelana. Qualquer que seja o governo no futuro, ele estará nesse tiroteio em que o resultado é a baderna.

A direita brasileira propôs o confronto ao Lula, desde o início de seu governo, mas ele não entrou nessa história. Hoje Lula está aí mais do que consagrado, conforme comprova a pesquisa que a FSP publicou no domingo, à sua maneira sacana: a popularidade de Lula é de 50% de ótimo e bom, e 35% de regular. Ou seja, 85% de aprovação, marca recorde. E mais, a popularidade do presidente brasileiro cresce justamente no sudeste e nas regiões onde a classe média é mais preconceituosa. Ou seja, derruba preconceitos e isola e desmoraliza a direita, que sempre sonhou em ter um Chávez encarnado em Lula, mas não conseguiu.

Eles vão ter que mudar o discurso. Aliás, esse negócio de demonizar Chávez no horário nobre é um jogo de cena que não interessa aos brasileiros. Tanto é que estão mudando de canal quando começa este tipo de baixaria eletrônica, conforme mostram os dados de audiência das TVs medidos e divulgados pelo IBOPE.

Enquanto Chávez, com seu estilo "cospe fogo", acaba dando uma sobrevida à direita escrota da Venezuela, aqui os direitistas estão afundando pelo que dizem e pelo que fizeram.

Vamos assim, aos poucos, lavando um pouco da roupa suja. Falta muito, falta lavar a roupa imunda da mídia, que trapaceia a Democracia para dar uma sobrevida aos tucanos. Isso vai ter que acabar. Nesse caso acho que o Lula poderia sim aprender um pouquinho com "demônio" lá de cima...
Enviada por Almir Américo, às 08:15 04/12/2007, de São Paulo, SP


Venezuela: Referendo derrota o PIG no Brasil
É isso aí! O grande derrotado no referendo da Venezuela é o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que usava Chavez e o referendo venezuelano para divulgar a tese de que Lula queria um terceiro mandato.

Viviam dizendo que Chavez era isso, era aquilo, que não aceitava a democracia burguesa e portanto um ditador cruel e feroz a ser derrotado impiedosamente.

Acostumados a desrespeitar as leis, os golpistas brasileiros começaram a divulgar seus desejos e aspirações como se foram estes próprios de Lula e Chavez. E mais! diziam que Lula se aproveitaria da ambição chavista para impor ao Brasil seu terceiro mandato.

Agora, eles perdem mais uma. Com o resultado do referendo na Venezuela (e Chavez acatando a soberania da urnas) a tese levantada pela direita brasileira e seu PIG de que Lula estaria se preparando para o terceiro mandato cai como um castelo de areia a beira-mar. Tanto é que um jornalão nacional de economia traz nesta terça-feira um artigo intitulado "Derrota de Chávez esvazia debate sobre terceiro mandato"

Também é certo que as direitas brasileira e venezuelana tentarão tirar proveito da situação e buscarão outra lenga, lenga para estar presentes na mídia e tentar evitar qualquer tipo de avanço popular, por mínimo que seja.

Chavez pode ser o grande vencedor, se souber agir

Enquanto isso...
Chavez, pode ser o grande vencedor nesta história toda...

Ao acatar o resultado do referendo, Chavez detona com o argumento da grande imprensa e da direita internacional de que ele não respeita a Democracia. Também detona com determinados grupos de esquerda que adoram um milico controlando-lhes a vida e somente defendem a Democracia quando estão na oposição.

Se tiver tranquilidade poderá reverter o resultado do referendo, decretando ou aprovando no parlamento leis que favoreçam aos Trabalhadores, como por exemplo, a redução de jornada de Trabalho para 6 horas diárias, mais poder às comunidades, etc.

Chavez poderia deixar de lado a história da reeleição ilimitada e aprovar coisas que são realmente do interesse da maioria dos venezuelanos e da Democracia Popular, porque a revolução bolivariana não precisa de uma só pessoa para seguir em frente.

Com a aprovação de leis que favorecem o povo, Chavez tem a chance de reagrupar as forças que apoiam a revolução bolivariana e que não querem que se repita na Venezuela a triste história de outras revoluções que se mantiveram enquanto seus líderes estavam vivos ou no controle da situação.

Acatando a soberania da urnas e aprovando leis de interesse popular, Chavez além de recuperar o apoio popular e detonar com certos argumentos da direita, tem um importante instrumento a favor da revolução bolivariana que, como diz o dito popular "sabendo usar não vai faltar".
Enviada por Sérgio Bertoni, às 07:48 04/12/2007, de Curitiba, PR


Russia: Trabalhadores na Ford organizam cavalo de troia
A greve dos Trabalhadores na Ford Rússia continua. A empresa se nega a fazer uma negociação séria e resolveu transformar a questão sindical em um jogo de cabo-de-guerra, de queda-de-braço.

Desde o dia 23 de novembro a empresa tenta de todas as formas fazer com que a linha de montagem volte a rodar, tentando montar um turno com trabalhadores provenientes dos tres turnos.

Os gerentes perderam seu final de semana anterior tentando organizar o esquema fura-greve. No dia 28 de novembro conseguiram colocar a "Seleção dos Turnos" dentro da fábrica.

Mal sabiam eles que no meio dos "fura-greves" estavam nossos "troianos", ou seja, grevistas que uma vez dentro da fábrica recusaram-se a trabalhar e mantiveram a greve.

Além disso, dos 450 operários necessários para fazer a linha funcionar, a Ford conseguiu convencer apenas 350 pessoas e isso também era insuficiente para fazer a linha rodar normalmente. Porém, buscando mostrar eficiência para seus donos a gerentada local fez com que os Trabalhadores ali presentes trabalhassem por dois. Conseguiram produzir até o momento 200 automóveis, quando em um turno de trabalho normal são produzidos cerca de 330 unidades, ou 900-950 em tres turnos. Em tres dias se valendo dos fura-greves, a Ford ainda não conseguiu tirar a produção de um só turno normal.

Não é preciso nem falar da qualidade destes automóveis, já que estão sendo montados por profissionais que normalmente não desempenham as funções que agora desempenham.
Enviada por Sergio Bertoni, às 06:17 03/12/2007, de Curitiba, PR


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